A complexa morfologia de um Disco Protoplanetário

Crédito: Boehler et al., 2017

Para entender a formação dos planetas, os astrônomos precisam estudar da forma mais precisa possível o disco protoplanetário ao redor de jovens estrelas.

Existem algumas estrelas que possuem discos bem proeminentes e que podem ser estudados com uma certa facilidade.
Uma dessas estrelas é a MWC 78, também conhecida como HD 36112, que está localizada a 500 anos-luz de distância da Terra.

Essa é uma estrela Herbig Ae, que tem um disco protoplanetário de 3.5 milhões de anos ao seu redor e que passa por uma acreção de 100 milionésimos de massa solar por ano.

Usando o poder de observação desses discos do ALMA, os pesquisadores conseguiram descobrir detalhes impressionantes e puderam notar o grau de complexidade do disco protoplanetário.
O disco tem algumas dezenas de unidades astronômicas de raio, possui dois braços espirais, assimetrias e ondulações que parecem ser geradas por planetas em formação com algumas vezes a massa de Júpiter.

O disco possui uma cavidade que ainda pode conter um disco mais interno, com um raio de aproximadamente 40 UA.
Esse disco mais interno provavelmente está torcido.

Além dessa cavidade, o disco mais externo apresenta duas aglomerações de matéria, uma a 47 e outra a 82 UA.

De acordo com os pesquisadores, essa complexa morfologia do disco protoplanetário da estrela se deve à existência de dois planetas massivos na órbita dessa estrela.
De acordo com o modelo proposto por eles, deve existir um planeta na parte mais interna, que cria a cavidade observada, e outro na região mais externa, que seria o responsável pelas aglomerações de matéria.

Os astrônomos continuarão estudando em detalhe a estrela e seu disco protoplanetário para cada vez mais e melhor entender o processo de formação dos planetas.

Fontes: Phys.org, artigo científico

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