Quando os instrumentos construídos pelo homem chegam ao seu limite de observação do universo, é preciso contar com a ajuda da natureza para se enxergar mais longe.
O efeito de lente gravitacional previsto pela Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein é, digamos assim, o telescópio natural mais potente que pode ser usado pelo ser humano.
Testada e comprovada pela primeira vez no eclipse total do Sol de 1919, sendo um dos locais cruciais para essa comprovação a cidade de Sobral, a lente gravitacional funciona quando se tem uma grande quantidade de massa capaz de curvar a luz proveniente de um objeto mais distante.
No eclipse de 1919, foi o Sol que curvou a luz de estrelas distantes.
Hoje, os astrônomos usam os aglomerados de galáxias para poder olhar para mais distante no universo.
Os aglomerados de galáxias funcionam como lentes: eles conseguem ampliar a imagem de galáxias muito mais distantes, e isso faz com que os astrônomos possam estudá-las.
Usando o Telescópio Espacial Hubble e um aglomerado de galáxias, os astrônomos recentemente descobriram a galáxia distante, eMACSJ1341-QG-1.
Essa galáxia foi ampliada 30 vezes pelo efeito de lente gravitacional.
Embora ampliações dessa ordem de grandeza já haviam sido detectadas antes, nesse caso temos um novo recorde considerando esse tipo de galáxia, ou seja, uma galáxia que não forma mais estrelas em gigantes nuvens de gás frio. Esse tipo de galáxia é conhecida como uma galáxia quiescente.
Só com o uso da lente gravitacional foi possível observar essa galáxia, ampliar a sua imagem e dar a oportunidade dos astrônomos estudarem ela em detalhe.
Eles poderão tentar descobrir porque a galáxia parou de formar estrelas e com isso conseguirão entender mais sobre a evolução das galáxias no universo.
Novas observações da galáxia já estão em andamento no Chile e em Mauna Kea.
Fontes: Phys.org, artigo científico
1 comentário
Seu site é muito bom !!
Parabéns , Carlos !!