Foi descoberta uma nova espécie de tardígrado (urso de água).
Foi chamada de Macrobiotus shonaicus, e é a 168º espécie de tardígrado descoberta no Japão.
Surpreendentemente, foi descoberta num parque de estacionamento de carros.
Os tardígrados são famosos pela sua resistência e adaptação a diferentes ambientes: podem suportar temperaturas de -200ºC e de +150ºC, conseguem sobreviver nas profundezas dos oceanos com pressões enormíssimas, reparam o seu próprio ADN, e até podem sobreviver no vácuo do espaço.
Isto faz-nos ficar de boca aberta, surpreendidos.
No entanto, são estes pequenos seres com menos de 1 milímetro de diâmetro que têm uma boca arredondada: eles sim, parecem andar sempre surpreendidos.
Esta espécie em particular tem uns ovos esféricos estranhos. Parecem os do filme Alien. Com algo ainda mais estranho: ovos de Alien com filamentos a sair deles.
Fontes: Space.com, artigo científico, AstroPT, AstroPT, AstroPT
3 comentários
Esses filamentos serão para captar nutrientes? Ou sensoriais?
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Acho que não se sabe bem…
“These features might help the egg attach to the surface where it is laid” – disse o investigador-principal.
Mas realmente, estando virados para cima, parece-me que tens mais razão que ele… 😉
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5 espécies de tardígrados têm características semelhantes de ovos.
Diz no Paper:
“A phylogenetic analysis of available DNA sequences of the COI marker for the hufelandi group revealed that the new species clusters with the two other species that exhibit filaments on egg process discs (M. paulinae and M. polypiformis) and with two species that have entire egg processes modified into filaments (M. kristenseni and M. scoticus). All five species form a clade distinct from all other sequenced species of the hufelandi group with typical mushroom- or inverted goblet-shaped egg processes, which may suggest that the ancestor of the five species with atypical egg processes had a mutation allowing derivations from the mushroom or inverted chalice-like shape of egg processes.”
“The filaments are hair-like under PCM, but under SEM, they are covered with fine granulation (Fig 7E and 7F), so they probably enhance the adhesive function of egg processes. Under PCM the filaments are sometimes barely visible or even invisible. The most likely explanation for this is that the filaments are very fragile and easily broken; thus, they are not present on some eggs due to mechanical damage. The filaments are very thin, so they could be overlooked and/or misinterpreted as debris attached to eggs. Thus, extreme care must be taken when examining the eggs to avoid incorrect conclusions.”