Magnetosfera Terrestre

Crédito: NASA

Talvez um dos fatores mais importantes para a vida existir na Terra, seja a presença da magnetosfera terrestre.
A magnetosfera é uma gigantesca bolha de magnetismo que engloba o nosso planeta e nos protege da fúria do Sol.
Sem a magnetosfera, as partículas carregadas emanadas pelo Sol iriam arrancar a atmosfera do nosso planeta, e assim a radiação nociva para os seres humanos, como a radiação ultravioleta, estaria livre para entrar na Terra.
Provavelmente não teríamos vida.

Isso é mais ou menos o que aconteceu com Marte.
O Planeta Vermelho perdeu a sua magnetosfera há cerca de 4.2 bilhões de anos atrás. Então, o vento solar arrancou praticamente toda a atmosfera do planeta e assim, a água por exemplo, foi toda perdida para o espaço.

Um dos principais papéis da magnetosfera é proteger a atmosfera.
Mas a magnetosfera não é um envelope totalmente fechado e estático. Ela é permeável. O vento solar periodicamente se conecta com a magnetosfera fazendo com que ela se reconfigure. Esse processo abre canais na magnetosfera que podem durar horas, dias ou semanas, e causam as chamadas tempestades geomagnéticas. Talvez a principal consequência disso sejam as auroras.

Mas como esses canais se abrem na magnetosfera? Como acontece a reconexão? Como as linhas de campo funcionam? Tudo isso é um mistério e é muito estudado.

A NASA mantém desde 2015 uma missão para estudar a magnetosfera da Terra: a chamada MMS, Magnetospheric Multiscale Mission.
Essa missão é constituída de 4 sondas que voam em formação para entender onde a reconexão magnética ocorre, e também para entender a cauda magnética da Terra.

Tudo isso é muito importante pois a magnetosfera é bombardeada a todo momento por partículas carregadas. Às vezes esse bombardeamento é mais intenso no caso de explosões solares, buracos coronais, etc. E isso pode nos prejudicar.

Entendendo como a magnetosfera funciona, os pesquisadores podem fazer previsões mais precisas do chamado clima espacial.

Fonte: NASA