Hubble descobre galáxia com deficiência de Matéria Escura

Crédito: NASA, ESA, e P. van Dokkum (Yale University)

Quanto mais se estuda o universo, mais mistérios são revelados e mais surpresas são descobertas.

Os astrônomos embora não possam ver, eles sabem que no universo existe um tipo de matéria, chamada de matéria escura, que age como se fosse uma cola invisível mantendo a matéria visível nas galáxias, como as estrelas, o gás e a poeira unidos.
Quando se observa, se estuda uma galáxia, a matéria escura está sempre ali, invisível mas fazendo o seu papel.

Os astrônomos desconfiam que é a partir da matéria escura que as galáxias começam a crescer.
A matéria escura é responsável pela maior parte da massa das galáxias.

Mas, surpresas acontecem, e quando elas quebram um paradigma, causam entusiasmo.

Os astrônomos estavam investigando as chamadas galáxias ultra-difusas.
Quando se depararam com uma galáxia chamada NGC 1052-DF2.

Eles usaram então telescópios em Terra, como o Keck, para medir o movimento de 10 aglomerados globulares dessa galáxia.
E notaram que eles estavam se movendo muito devagar.
Com essa informação eles calcularam a massa da galáxia e a surpresa deles foi a seguinte: a galáxia não tinha matéria escura.
Na verdade, tinha, mas muito pouco. Ela tinha 1/400 da matéria escura esperada pelos astrônomos, e 1/200 da matéria escura da Via Láctea.

Os astrônomos então começaram a estudar essa galáxia com outros observatórios, incluindo o Gemini e o Hubble.
O Gemini mostrou que a galáxia não possuía sinal de interação com outra galáxia e o Hubble conseguiu medir a distância até essa galáxia: 65 milhões de anos-luz.

Com base nesses dados, a equipa descobriu que a NGC 1052-DF2 é maior que a Via Láctea, mas contém cerca de 250 vezes menos estrelas, levando-a a ser classificada como uma galáxia ultra-difusa.

Além disso, ela se apresentava com uma forma estranha, sem braços espirais, e sem disco. Não era elíptica e não apresentava sinal de um buraco negro central. Só tinha halo estelar e aglomerados globulares. É como se tivesse esquecido de juntar as outras partes.

Uma galáxia realmente estranha que desafia as teorias que não preveem uma galáxia assim.
Porém, com isso em mãos, os astrônomos logo trataram de arrumar uma explicação.

Uma primeira hipótese é que como essa galáxia reside no aglomerado de galáxias da coma, dominada por uma galáxia elíptica chamada NGC 1052, durante a formação dessa galáxia principal aconteceram perturbações no ambiente que tiveram um papel decisivo na ausência de matéria escura da NGC 1052-DF2.
Outra hipótese é que o gás que se moveu em direção à NGC 1052 pode ter se fragmentado e formado a NGC 1052-DF2. Essa formação pode ter sido ajudada por fortes ventos que foram soprados do buraco negro que estava crescendo no centro da NGC 1052.

Mas as estranhezas não param por aí.
Os astrônomos que estão estudando as imagens do Hubble, descobriram mais 23 galáxias difusas, sendo que dessas, 3 são bem parecidas com a NGC 1052-DF2.

Serão necessários mais estudos, mais análises para que os astrônomos possam entender o que realmente está acontecendo.

Fonte: HubbleSite

2 comentários

1 ping

  1. Hummm!

    • Jorge Teixeira on 29/03/2018 at 22:37
    • Responder

    Será mesmo matéria escura? O problema são as teorias científicas, na forma como entendemos o Universo, a Física e as Dimensões baseadas, ainda hoje, na compreensão da 3ª dimensão que não reúne um verdadeiro consenso. E só agora estamos a sair do nosso quintal. Rever a forma como entendemos as leis da física, as dinâmicas do universo, o conceito de vácuo, … e não descartar aquilo que não entendemos conhecido, nos livros de física, como INFINIDADE SÓRDIDA.

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