“Para conhecer melhor uma bactéria capaz de digerir o plástico das garrafas, uma equipa de investigadores conseguiu melhorar, por acaso, a enzima responsável pela digestão do plástico PET, tornando-a 20% mais eficiente.
Um grupo de cientistas da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, melhorou por acaso uma enzima que estava a estudar. Baptizada como PETase, esta enzima modidicada é capaz de digerir polietileno tereftalato (PET), plástico duro conhecido que demora centenas de anos a degradar-se na natureza. Esta descoberta pode revolucionar o processo de reciclagem dos plásticos, dizem os investigadores à frente da investigação.
(…)
“É incrível porque nos diz que a enzima ainda não está optimizada.” Nos testes, a enzima modificada consegue digerir plástico em apenas alguns dias, o que na natureza demoraria centenas de anos. E ainda pode melhorar.
(…)
Por minuto vende-se um milhão de garrafas em todo o mundo, mas só 14% acabam na reciclagem, de acordo com os números do Guardian. Muitas dessas garrafas acabam no mar e nos oceanos onde colocam em risco a vida marinha e a vida das pessoas que comem peixe e marisco. “É um daqueles materiais-maravilha que está feito bem demais”, avaliou McGeehan.”
(in jornal Público)
“É uma das descobertas que pode marcar uma geração. E tudo por causa de um acidente. Um grupo de cientistas, do Reino Unido e dos EUA, desenvolveram uma enzima que demonstra ser capaz de digerir alguns tipos de plástico.
(…)
A enzima mutante leva apenas alguns dias até começar a quebrar o plástico. Mesmo tratando-se de uma evidência que pode ajudar a diminuir a quantidade de plástico nos oceanos, os cientistas acreditam que ainda podem melhorar a performance da enzima. A ideia passa por tornar o processo viável para depois o aplicar a grande escala.”
(in Jornal de Notícias)
“Scientists accidentally create mutant enzyme that eats plastic bottles.
The breakthrough, spurred by the discovery of plastic-eating bugs at a Japanese dump, could help solve the global plastic pollution crisis.”
(in The Guardian)
Curiosamente, esta semana o canal Minuto da Terra fez um vídeo sobre a dificuldade de desintegrar o plástico que tanto utilizamos no dia-a-dia..
“A mesma química que torna o plástico super resistente, leve e flexível também faz com que seja quase impossível se livrar dele, principalmente por causa das suas ligações químicas.
Novos tipos de plástico e práticas, porém, estão tentando mudar esse cenário – e o nosso planeta.”
(in Minuto da Terra)
2 comentários
olá.
como vai funcionar? recolhe-se o plástico todo e depois “despejamos” o enzima , ou esse enzima só no futuro é que vai ser integrado logo no inicio da transformação do plástico? esse enzima terá o poder de curar e mais tarde prevenir? se assim fosse é que seria bom.
Author
Será certamente por fases.
Para já, deve ser utilizada para algumas quantidades de plástico já existente, e enquanto isso, deve-se também tentar otimizar a enzima de modo a poder digerir mais plástico.
abraços