A missão GAIA foi lançada no ano de 2013 com o objetivo de medir com a maior precisão até hoje a posição, a paralaxe e o movimento próprio de mais de 1 bilhão de estrelas na Via Láctea e nas galáxias vizinhas.
Para quê isso?
Para podermos definir de forma precisa a forma da nossa galáxia, além de fazermos estudos sobre como as estrelas se movimentam.
Essa medida da posição das estrelas no céu é talvez uma das medidas mais antigas feitas na astronomia, e tem um nome – se chama astrometria.
Junto a ela está a técnica, também usada desde os primórdios da astronomia, que é a paralaxe.
Com isso, a missão Gaia está criando o maior catálogo astrométrico já feito na história da astronomia, onde será possível estudar a estrutura tridimensional da Via Láctea, sua origem e sua evolução.
A missão Gaia já lançou um primeiro conjunto de resultados e agora acaba de lançar o seu segundo conjunto de dados.
Esse segundo release contém a posição e o brilho no céu de 1 692 919 135 estrelas, bem como a medida de paralaxe e de movimento de 1 331 909 727 estrelas.
Essas estrelas foram medidas durante 22 meses de observação entre 25 de Julho de 2014 e 23 de Maio de 2016, e representa um gigantesco salto se comparado com o primeiro release que continha “somente” 2 milhões de medidas.
Além de tudo isso, esse segundo release contém:
* a cor de 1.38 bilhão de estrelas
* a velocidade radial de mais de 7 milhões de estrelas
* informações sobre mais de 500 mil fontes variáveis
* estimativa da temperatura superficial de mais de 160 milhões de estrelas
* raio e luminosidade de mais de 75 milhões de estrelas
* posição precisa de 14 mil objetos do sistema solar, a maior parte deles asteroides.
Com todos esses novos dados, imaginem a quantidade de novas pesquisas e novas descobertas que teremos em breve, assim que os astrônomos se debruçarem sobre todas essas informações.
Fonte: ESA
3 comentários
Vi hoje a notícia de que cientistas alegam que as diversas formas de classificação para astros mais estão atrapalhando do que ajudando os cientistas.
E pretendem estudar a criação de uma forma unificada de classificação para qualquer tipo de astro, ficaria então tudo num único tipo de classificação.
A matéria esta aqui => https://academic.oup.com/astrogeo/article/59/2/2.32/4935782
Eu também cheguei a conclusão semelhante a alguns anos e elaborei uma proposta de classificação unificada para os astros.
Ela consegue colocar em 3 sílabas apenas as principais características dos astros.
E pode ser estendida.
Aqui é demonstrada como é esta classificação, ela é baseada num algoritmo matemático que fornece as silabas resultantes => http://forum.intonses.com.br/viewtopic.php?f=77&t=287247
Fico imaginando o tamanho do HD. rsrsrsrsrsrsr
Mas nem é tanto, 1 bilhão de dados, ocupariam 4000x mais que sua unidade em médida.
Isto devido a unidade de alocação de 4kb por informação.
Ou seja, caberia num HD de 4 TeraBytes.