Novo modelo explica o antigo Campo Magnético Lunar

Crédito: Don Burt

Atualmente a Lua, o nosso satélite, não tem campo magnético nem atmosfera.
No passado, ela já deve ter tido uma atmosfera.
E campo magnético?

Há cerca de 4 bilhões de anos atrás, a Lua tinha um campo magnético. Esse campo magnético era tão intenso como o da Terra!
Mas como um objeto do tamanho da Lua poderia gerar um campo magnético dessa intensidade?

Na Terra, o campo magnético é gerado pelo movimento do núcleo externo composto de um metal liquefeito. Esse movimento cria um dínamo que gera o campo magnético da Terra.

Um novo trabalho mostra agora que no caso da Lua, o campo magnético não seria gerado pelo seu pequeno núcleo. Seria sim gerado pelo manto lunar: uma camada de rocha derretida entre o núcleo e a crosta da Lua.
Nesse modelo, a camada na base do manto derrete para formar um oceano de magma basal sobre o núcleo da Lua. A convecção nessa camada gera o dínamo criando o campo magnético.

Crédito: Aaron Scheinberg

O que sustenta esse modelo é que ainda hoje existe uma camada parcialmente derretida na base do manto lunar.
Com a evolução da Lua, cerca de 3.56 bilhões de anos atrás, existem evidências que o campo magnético intenso que existia na Lua, tornou-se bem fraco. Esse campo magnético fraco continuou na Lua por um bom tempo, até recentemente.
O modelo agora proposto também explica isso. À medida que a Lua esfriou, o oceano de magma solidificou, enquanto o dínamo do núcleo continuou a criar um campo magnético fraco.

O modelo proposto por esses pesquisadores explica observações fundamentais da Lua e isso é muito importante.
Explica também a geração de campos magnéticos em qualquer objeto do Sistema Solar ou de qualquer outro sistema planetário.

Dínamos de oceano de magma basal como esse da Lua podem ser comuns em planetas rochosos como a Terra e Marte.

Fonte: Astrobiology Magazine

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