A atmosfera livre de nuvens de um exoplaneta

Ilustração artística do exoplaneta Saturno Quente, WASP-96b.
Crédito: Engine House

A atmosfera de um planeta nos conta muito sobre a sua formação, composição, clima, e outras informações.
Porém, estudar a atmosfera de exoplanetas não é uma tarefa fácil. É preciso esperar o planeta passar na frente da estrela e então através do seu espectro descobrir quais elementos fazem parte dessa atmosfera. As linhas de absorção e emissão no espectro dizem para os astrônomos quais são esses elementos. E com os elementos encontrados, os pesquisadores podem contar um pouco da história de um determinado planeta.

Os astrônomos recentemente apontaram o VLT do ESO no Chile para o exoplaneta Wasp-96b.
Este exoplaneta tem a mesma massa de Saturno, e é 20% maior que Júpiter. Ele fica localizado a cerca de 980 anos-luz de distância da Terra.

Quando os astrônomos obtiveram o espectro da atmosfera do exoplaneta, eles puderam notar no sódio, que o espectro tinha a forma característica de uma barraca/tenda de circo. De acordo com os modelos que os astrônomos rodam, essa forma característica indica que o exoplaneta não tem nuvens.
Ou seja, a abundância de sódio mostra que o planeta é livre de nuvens.

Isso tem algumas implicações:
1 – conseguir caracterizar a atmosfera do planeta, mostrando que ela não tem nuvens.
2 – determinar a abundância de outras moléculas na atmosfera do planeta.
3 – descobrir essa abundância de sódio, que é o sétimo elemento mais comum no universo. Na Terra, ele está ligado à alimentação, tecnologia e na vida animal serve para controlar o metabolismo.

Os astrônomos mostraram que têm a capacidade de caracterizar a atmosfera de um exoplaneta com uma boa precisão, e agora é esperar pelo James Webb para que as pesquisas de atmosferas de exoplanetas continuem.

Fonte: Phys.org

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