NGC 7822, Imortal Janela da Alma

NGC 7822 (HD). Aquisição: Irving Pieters; processamento: Ruben Barbosa

Nebulosa, incandescente, estrelas brilhando no céu dispersando luz como diamantes. Iluminando a Terra e o pensamento, como um mito entre as estrelas. Peço um desejo: leva-me às estrelas, atração, charme e fineza. Sua aparência gentil e sedutora, seu silêncio inquietante e misterioso, preenchem esse breve momento perdido no tempo, confundindo presente, passado e futuro, envolto de fascínio, harmonia e sentido, sem segredos, como se o destino não tivesse escolha, tornando-o encantado e imortal nesta janela da alma.”.

@ Ruben Barbosa, in Astronomia com Poesia.

Não muito longe de nós, a cerca de 3.000 anos-luz de distância na direção da constelação setentrional de Cepheus, estrelas quentes e jovens, esculpem belíssimos pilares de gás e poeira numa nuvem molecular ao longo de 40 anos-luz de comprimento; NGC 7822, também conhecida por Sharpless 171 ou SH 2-171, suscita sentimentos inebriantes, apesar de, simultaneamente, ser um local violento, um lar de buracos negros.

No seu interior podemos observar bordas brilhantes e formas escuras, que se destacam na imagem colorida devido à utilização de filtros.

A imagem inclui dados provenientes de filtros de banda estreita, mapeando a emissão de enxofre (SII), hidrogénio alfa (Ha) e oxigénio duplamente ionizado (OIII), em tons de vermelho, verde e azul (RGB), cuja combinação de cores tornou-se conhecida como a paleta Hubble.

Os pilares mais escuros assemelham-se a maternidades estelares, onde novas estrelas estão continuamente a ser formadas; porém, os poderosos ventos das estrelas quentes recém-formadas vão erodindo o gás, destruindo os reservatórios necessários à criação de novas estrelas.

Este jovem complexo estelar, Berkeley 59, com apenas alguns milhões de anos, contém uma das estrelas mais quentes descobertas nas nossas proximidades, com uma temperatura à superfície de 45.000 K (10 vezes maior que a do Sol) e luminosidade superior em 100.000 vezes.

* Plataforma “O Universo em Fotografia”

2 comentários

  1. Que poeta! 😀

    1. 😉 Obrigado Carlos

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