Dilúvio

A imagem afirma que o Dilúvio Bíblico nunca aconteceu porque existiam outras civilizações na altura (como os Chineses, Egípcios, Sumérios, etc), e essas civilizações não desapareceram nem sequer registaram qualquer Dilúvio na altura. Pelo contrário, continuaram a prosperar, a construir coisas, sem qualquer interrupção.

Eu tenho uma perspetiva diferente. A mim parece-me que o Dilúvio aconteceu. Há evidências desses “dilúvios”. Simplesmente atualmente chamamos-lhe outra coisa: denominamos esses fenómenos de tsunamis.
Apesar de ter havido outros mais recentes, o tsunami que aconteceu na Indonésia em 2004 provavelmente continua bem presente na memória das pessoas… devido sobretudo ao impacto mediático que teve.

Isto são fenómenos frequentes, normais e bem explicados.
Por isso, é absolutamente natural que tenham existido grandes tsunamis no passado. O próprio Dilúvio Bíblico é baseado nas histórias que foram passadas desde os mitos Babilónicos, cerca de 2000 anos antes de Cristo. Sendo os tsunamis absolutamente normais e relativamente frequentes (como os terramotos), não é surpreendente que culturas antigas também os tenham registado.

E aqui entra o contexto histórico. Há milhares de anos atrás, as culturas humanas primitivas tinham uma visão do mundo muito limitada.
Obviamente que os povos antigos, ao verem uma quantidade enorme de água a vir sobre eles, pensaram logo que eram os deuses que enviaram essa água (e a destruição subsequente) como consequência de mau comportamento da sua parte.
Mais, como essas culturas antigas pensavam que o mundo se resumia às pequenas vilas onde viviam, quando essas vilas eram destruídas por tsunamis locais, eles depreendiam que o tsunami tinha destruído o mundo todo, porque na prática tinha: o seu mundo tinha sido destruído. O mundo não tinha sido destruído, mas o seu mundo (a sua vila) tinha.

Assim, parece-me que existiu o dilúvio bíblico, ou melhor, existiram muitos dilúvios ao longo da História. Simplesmente, foram tsunamis locais.
Esses tsunamis locais foram depois interpretados erradamente pelas religiões para promoveram os seus deuses vingativos e para colocar medo na população, afirmando que o poder dos deuses era global, quando na verdade era um fenómeno natural local.

1 comentário

  1. Eu acredito que exista um engano na interpretação bíblica. É impossível apontar quantos “mil” ou “milhares” de anos se passaram somente nos primeiros 4 capítulos do livro histórico. Quando lido sem percepção, entende-se que Adão e Eva tiveram apenas 2 filhos, quando no capítulo 4 vemos a ênfase do primeiro assassinato. A intenção bíblica em relatar Caim e Abel foi exatamente pra falar do primeiro assassinato humano. Porém já existiam muitos seres humanos e civilizações naquela época e todos filhos de Adão e Eva. Concordo com a colocação desse texto também!

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