O problema dos suplementos não-regulados que prometem maravilhas para a saúde das pessoas e que utilizam abusivamente expressões dúbias como “anti-oxidantes” é este: podem fazer muito mal à saúde das pessoas.
Quando as coisas não são devidamente testadas e avaliadas por quem de direito, não devem ser tomadas levianamente pelas pessoas.
Segundo a revista Sábado:
“Quando fez 50 anos, Jim começou a apostar no seu bem-estar, através do exercício e perda de peso, e alimentando-se de maneira mais saudável. Um dia, pouco tempo depois de mudar a sua vida, a mulher perguntou-lhe se ele se sentia bem, porque tinha os olhos e a pele muito amarelos. Mal sabia que um suplemento (umas cápsulas de chá verde) estava a destruir-lhe o fígado.
(…)
Jim tomava os suplementos há dois ou três meses. Cada vez mais populares no mercado, o norte-americano ouviu dizer tinham benefícios para o coração por terem propriedades antioxidantes, ajudarem a perder peso e prevenir o cancro.
(…)
Depois de várias análises ao sangue, três semanas depois de ser questionado pela sua mulher, Jim recebeu a notícia de que precisaria de um transplante de fígado. “E tem de acontecer depressa. O senhor tem dias, não semanas”, avisaram os médicos.
(…) uma investigação da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar concluiu que as catequinas (nutrientes antioxidantes) existentes no chá verde são “seguras, de forma geral” mas em doses reguladas. Mais de 800 mg por dia “podem causar problemas de saúde”.”
4 anos depois, Jim sobreviveu devido ao transplante de fígado. Mas devido ao chá com “propriedades miraculosas”, vai viver até ao resto da vida a fazer diálise e precisará de outro transplante no futuro. Além disso, até morrer, terá sempre uma dor abdominal crónica e anda sempre cansado (apesar de pouco se mexer).
Neste momento, já entrou em tribunal um processo contra a empresa que vende estes suplementos de chá verde.
Podem ler mais sobre este caso, na Sábado, na BBC, e a investigação da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar.
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