Poderia pensar-se que quando cai chuva no deserto, imediatamente temos vida a prosperar.
Mas não.
Na verdade, a água traz a morte.
Uma equipa internacional de astrobiólogos investigou os efeitos da chuva no árido deserto do Atacama, após 2 anos de seca: choveu a 25 de Março e 9 de Agosto de 2015, e choveu novamente a 7 de Junho de 2017.
O estudo descobriu que grande parte dos micróbios foram exterminados pela forte precipitação.
Ou seja, a água trouxe uma extinção em massa das 16 espécies de micróbios no local. Após a chuva, só entre 2 a 4 espécies sobreviveu.
Isto tem toda a lógica: estes microorganismos estão adaptados a ambientes super-secos. Quando lhes é incutido grandes quantidades de água, eles entram em choque osmótico, e morrem.
O que é interessante neste estudo é que se pode extrapolar para outros planetas.
Por exemplo, em Marte, potenciais organismos podem ter sido extintos por água repentina (cheias catastróficas).
As próprias experiências biológicas das Viking podem ter, inadvertidamente, exterminado os microorganismos que pretendiam detectar, já que as amostras retiradas do solo marciano foram colocadas em líquido ou em soluções aquosas.
Fontes: comunicado de imprensa, artigo científico.
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