O astrofísico Jamie Farnes propôs um novo modelo para explicar os 95% de Universo que não fazem parte da matéria dita normal. Ou seja, os 95% que são matéria negra e energia negra.
Ele uniu os dois conceitos num só, num fluído de massa negativa.
O facto deste modelo unir dois conceitos anteriormente pensados, é bastante apelativo em ciência, já que a união e a simplicidade são bastante apreciadas em teorias científicas.
Falar de massa negativa (ex:-1kg) não é algo novo (ex: aqui e aqui). Este conceito teórico/hipotético já existe há algum tempo, e é normalmente trazido à conversa quando se fala de buracos de verme ou como viajar pelo espaço em warp drive.
Esta massa negativa exerceria, obviamente, gravidade negativa: em vez de atrair, esta massa repele toda a outra matéria ao seu redor.
Basicamente, temos um Universo em que a matéria positiva (normal) flutua/surfa num oceano de massa negativa.
Curiosamente, através de simulações computacionais, o cientista conseguiu mostrar que este modelo produz previsões corretas do comportamento dos halos de matéria negra: que mantém as galáxias coesas, apesar da sua elevada velocidade de rotação.
Este modelo também explica o porquê da chamada Constante de Hubble variar com o tempo.
O que me parece que trará mais problemas a este modelo especulativo é que as partículas de massa negativa precisam estar continuamente a ser criadas no Universo, de modo a que este se expanda tal como ditam as observações. Ou seja, lembra muito o desacreditado Modelo do Estado Estacionário, que foi substituído pelo Big Bang.
Fontes: The Conversation, Science Alert, Newsweek, artigo científico.
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