Como já devem saber, no passado dia 26 de Novembro de 2018 – após uma viagem de 485 milhões de quilómetros que durou 6 meses e 21 dias – a sonda InSight (Interior Exploration using Seismic Investigations, Geodesy and Heat Transport) pousou com sucesso em Marte.
A sonda pousou no local previsto: a planície chamada Elysium Planitia, no equador marciano.
O grande objetivo da sonda (não é um rover) é estudar o interior do “planeta vermelho”: a sua temperatura, os seus martemotos, o tamanho e densidade do núcleo, a crosta marciana, etc.
A sonda vai, inclusivé, instalar sismógrafos na superfície, montar um magnetómetro, e perfurar até 15 metros de profundidade.
Mas não é para já.
Primeiro é preciso deixar assentar o pó (que se levantou com o pouso da sonda) e colocar os instrumentos no solo de Marte.
Só em Março de 2019, a sonda estará pronta para começar a fazer as suas investigações científicas.
Estima-se que a sua vida útil seja de pelo menos 1 ano marciano (cerca de 2 anos terrestres, 26 meses terrestres).
Se antigamente, Marte era um “planeta maldito”, com várias missões a não atingirem o seu objetivo com sucesso, o certo é que nos últimos anos, tudo tem corrido bem.
Mas não se pense que é fácil! A precisão dos cálculos, da engenharia e da ciência é equivalente a “acertar com uma bola de basquetebol a uma velocidade de 61 centímetros por segundo a partir de Lisboa num cesto em Ancara, na Turquia”.
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