Starman

Revi recentemente o filme StarmanO Homem das Estrelas.

O filme começa de forma excelente com a sonda Voyager 2. A sonda colide/invade um planeta parecido com Saturno, onde as criaturas atmosféricas de energia recebem a mensagem das Voyager. Eles respondem ao “convite” da Voyager 2, e enviam um emissário à Terra durante 3 dias numa missão de paz (de reconhecimento).

A entrada da nave é detectada pela National Security Agency (NSA), que enviou um míssil que fez a nave modificar a trajetória.
A nave espatifou-se no solo terrestre.

O ser de energia sobreviveu.
Andou a deambular, até encontrar a casa de uma jovem viúva.
O ser assumiu a forma do falecido marido.
Ele repete as mensagens da Voyager e depois vê os filmes caseiros do casal de modo a aprender a falar um pouco de inglês.

A viúva ajuda o ser a chegar a Winslow, no Arizona.
Quando chegam lá, uma nave desce na Terra para o levar de volta.

Poderia pensar-se que era um filme à semelhança do livro: Stranger in a Strange Land.
E até podia ser.
Mas não, faltou profundidade ao filme e um diálogo a condizer.

É um filme que se percebe que é datado (1984).
É um filme simples, com uma história bastante linear.
Mas sobretudo é um filme demasiado parado. Falta a ação e as explosões próprias da ficção científica.

O ser assumiu a forma do falecido marido.
Mas começa por bebé, crescendo rapidamente para adolescente e depois para adulto.
Não me parece que isto faça sentido…

Não entendo porque ela não fica mais em choque por ver o falecido marido.
Apesar de algumas reticências iniciais, a verdade é que depois, surpreendentemente, ela passa a ajudá-lo.
Não só isso, mas até faz amor com ele e fica grávida do bebé dele.

Na mesma linha de pensamento, também não entendo porque o desconhecido no final dá boleia à viúva. O desconhecido coloca a polícia atrás de si sem qualquer necessidade. Mais uma vez, não faz qualquer sentido.

Não entendo a grandeza da nave do ser alienígena.
Se ele é somente uma bola de energia, não era necessária uma nave tão grande. Até seria contra-produtivo, evidentemente.

No final, o ser deixou uma bola alienígena para o filho.
Provavelmente será para depois o filho saber donde veio.
Isto faz lembrar o filme Super-Homem.

Gostei do filme. Mas não é nada de especial…

Adorei a representação de Jeff Bridges.
As faltas de expressão dele, muito robóticas, são excelentes.

Adorei as bolas que permitem que o ser faça muitas tarefas diferentes, incluindo ressuscitar pessoas e animais.

A nave no final é muito estranha.
Não se sabe se é pilotada por seres de energia ou se é um drone.
Mas é estranha sobretudo porque é enorme (sem necessidade), sendo uma bola voadora com um anel de partículas ao seu redor. Como se fosse o planeta Saturno.

Cientificamente falando, há um erro monumental logo de início: as sondas Voyager não saíram do sistema solar: estão muito longe – a centenas de milhares de anos – de chegarem a algum planeta extrassolar.

De resto, como sempre nestes filmes, o geocentrismo psicológico é arrasador.
É assumido que somos tão interessantes, que qualquer civilização avançada está muito interessada em nós.
Continuamos no “centro da atenção dos deuses”.

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