Este filme passa-se num cenário pós-apocalíptico.
A natureza humana destrói o planeta, mudando a atmosfera. A atmosfera terrestre está irrespirável; é tóxica para os humanos e para o resto da vida na Terra. Só com máscara de oxigénio se pode estar na Terra.
Os Humanos têm de sair do planeta em naves.
Os sobreviventes humanos vão para uma estação espacial que serve como colónia humana.
Essa estação está em órbita de Io, lua de Júpiter.
Uma jovem mulher cientista, Sam Walden, continua no planeta e procura por formas de salvar a Terra.
A bela bioquímica estuda bactérias que usam amónia como fonte alimentar/energética, além de estudar abelhas.
Ela encontra um homem que está a tentar apanhar um vaivém espacial para sair do planeta.
O homem chega de balão ao sítio onde ela está, porque ouviu a transmissão rádio que ela diariamente enviava.
No final, ela consegue respirar o ar tóxico da Terra: adaptou-se a este novo ambiente.
O filme é um pouco parado, confuso, e passa-se maioritariamente sempre no mesmo sítio.
O filme pretendia ser sobre a importância das relações humanas (como é dito em várias citações no filme), mas penso que falha também nesse aspeto.
No filme, esperam que numa só geração as plantas se adaptem à nova atmosfera e passem a retirar amónia da atmosfera, limpando a atmosfera para os humanos regressarem.
Ora, isto é ridículo. Não só em termos temporais, mas até porque não existe um ciclo de amónia/amoníaco.
No final, Sam fica sozinha na Terra. Mas depois aparece com um filho.
Ela (e o seu filho) sente-se bem no ambiente terrestre: já não necessita de máscara. Aparentemente, ela evoluiu e adaptou-se à nova atmosfera. Mas não é assim que funciona a evolução!
Outra suposição ridícula foi assumirem que todos os sobreviventes humanos passaram a viver em estações espaciais. Como se as estações espaciais fossem enormíssimas… do tamanho de pequenos planetas, para albergarem inúmeras colónias humanas.
Também não faz qualquer sentido colocar-se as estações espaciais ao redor da lua Io.
A lua Io está demasiado perto de Júpiter, levando com uma enorme radiação do gigante planetário.
Além disso, as estações espaciais não estariam a orbitar o Sol, o que é necessário para a nossa vida.
Mas talvez tenham imaginado isso, porque a tecnologia utilizada nas estações espaciais usa a radiação de Júpiter ou a energia geotérmica de Io para providenciar energia para as estações.
No filme, vários humanos esperam ir noutra missão, para o exoplaneta Proxima B.
Já incluem este exoplaneta, o que é excelente: estão atentos às notícias astronómicas.
Mas dizem que a viagem espacial até lá demora somente 10 anos, o que é obviamente absurdo!
E dizem que é semelhante à Terra, o que é errado, independentemente do que quer dizer “semelhante à Terra“.
Não entendi porque é dito que já não há animais nos oceanos. Porque não? Mesmo com uma catástrofe ambiental, sabemos que o mais provável é a vida no mar sobreviver. Como sabemos isto? Analisando as anteriores extinções em massa, onde a vida terrestre foi exterminada mas a vida marinha continuou em grande parte.
Adorei ver a mensagem de que a vida acaba por encontrar uma forma de se adaptar. A vida adapta-se.
Adorei a frase: “Where everybody sees death, she sees life.” – onde toda a gente vê a morte, ela vê a vida.
Gostei da frase: “Earth is not dying, it’s being reborn.” – a Terra não está a morrer, está a renascer.
Gostei de ver que os cientistas avisaram do que ia acontecer, mas as pessoas não quiseram saber. É realista. É o que se passa com as alterações climáticas.
Quando a tempestade de amónia assolou o local onde Sam está, gostei de ver a chama do fogo mudar de côr: para roxo/violeta.
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