Este filme de animação segue uma família aparentemente normal.
Na realidade, são uma família de super-heróis.
O pai – Bob Parr, sr. Incrível – tem muita força.
A mãe – Helen Parr, Mulher-Elástica – tem uma tremenda elasticidade.
O filho – Flecha – tem uma super-velocidade.
A filha – Violeta – consegue tornar-se invisível e cria campos de força.
No final, vê-se que o bebé se consegue tornar numa tocha humana.
Existe também um amigo da família – Gelado, Frozone – que consegue congelar coisas, enquanto vai surfando.
O pai, super-herói, é processado por ter salvo um homem que não queria ser salvo.
Assim, a cidade proíbe a existência de super-heróis.
Eles passam a ter só a identidade secreta.
Até que os super-heróis são necessários de novo, e por isso voltam ao ativo.
Um fã dos super-heróis tornou-se o vilão da história, após o super-herói não lhe dar a atenção que ele queria. Syndrome sentiu-se desprezado e prometeu vingança.
Ao contrário dos super-heróis, os poderes do vilão Syndrome provém da tecnologia.
No final do filme, percebe-se que vai haver uma sequela com o vilão Underminer (Toupeira / Escavador / Mineiro).
O segundo filme começa de forma bastante progressista: a mãe trabalha, enquanto o pai é doméstico (fica a cuidar da casa e das crianças).
No entanto, o trabalho caseiro é demasiado cansativo para ele. Além disso, ele fica com ciúmes do sucesso da mulher.
O bebé da família é o que mais surpreende, já que vai desenvolvendo inúmeros poderes: transforma-se em monstro, transforma-se na pessoa com quem está a falar (polimorfo), transforma-se em tocha humana, dispara lasers com os olhos, consegue atravessar sólidos (ex: paredes), consegue multiplicar-se em vários clones, pratica levitação, tem o poder da telecinesia (movimenta objetos com a mente), tem o poder da teleportação, etc.
O vilão desta história, afinal, não é o Underminer como se previa.
Mas há um novo vilão: ScreenSlaver, que hipnotiza quem olha para os monitores.
Depois do vilão ser derrotado, os super-heróis voltam a ser bem recebidos pelo público.
Devido a isto, muitos super-heróis anónimos resolvem “dar a cara”. Eles estavam “escondidos”. Mas agora aparecem publicamente novamente.
Os super-heróis voltam a ser populares.
Gostei bastante dos dois filmes.
Pensei que não ia gostar tanto do segundo, por já não ser novidade. No entanto, foi criativo e conteve várias críticas sociais.
Ambos os filmes são divertidos e proporcionam um excelente entretenimento.
Por incrível que pareça, a sequela, Incríveis 2, só foi feita 14 anos depois do primeiro filme!
Os super-heróis deste filme parecem-se muito, em termos de poderes, com o Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado.
É engraçado o pai, o sr. Incrível, querer voltar ao trabalho de super-herói, mas estar com uma barriga acentuada – está com o típico dad bod.
A crítica à máscara sobre os olhos é fabulosa. Supostamente, uma máscara sobre os olhos é suficiente para se disfarçarem e esconderem quem são. Faz-me lembrar o Super-Homem: bastava ter uns óculos sobre a cara, como Clark Kent, que já ninguém o reconhecia.
Adorei a crítica ao problema das capas: ficam presas, são sugadas, são puxadas, os maus agarram-nas, etc. Ou seja, se os super-heróis fossem inteligentes, nunca usariam capas.
Eu percebo que Edna Moda seja baseada na famosa estilista Edith Head. No entanto, para mim, ela é Hetty Lange da série NCIS: Los Angeles.
É típico da era em que vivemos que as pessoas sejam processadas por fazerem o correto: tal como o sr. Incrível fez, e por isso foi processado.
Ainda mais típico se torna quando o resultado disso foi realçar a mediocridade, proibindo o excecionalismo. Os super-heróis foram proibidos, e forçados a viver vidas medíocres.
Ambas são violentas críticas sociais.
No filme, é dito que todos os super-heróis têm uma identidade secreta, porque não querem a pressão de terem de ser sempre super. Realmente, deve ser desgastante.
Os filmes também dão a entender que existem super-heróis entre nós e nós não sabemos. É uma ideia conspirativa, mas que todos nós gostávamos que fosse verdade.
No entanto, em parte, é uma desresponsabilização da nossa parte: se tivermos super-heróis para corrigir as coisas, nós não precisamos de fazer o correto.
Outra mensagem social transmitida pelos filmes é que o mundo está sempre a precisar de ser salvo. Há sempre alguém em apuros. É um trabalho eterno.
Gosto bastante dos vilões.
No primeiro filme, os poderes do vilão provém da tecnologia. Não é algo biológico, inato, como acontece com os super-heróis. O vilão utiliza a ciência.
No segundo filme, o/a vilão/vilã ScreenSlaver hipnotiza quem olha para os monitores. Ele/a diz que somos consumidores passivos dos media/mídia, que somos controlados pelo sistema de status quo e que somos manipulados por políticos, media e marketeers. Somos escravos do ecrã e da preguiça. Por isso, ficamos passivos, à espera que os super-heróis nos salvem, porque não o fazemos nós mesmos.
Claramente, esta é uma poderosa crítica social.
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