“Certa vez, engasguei-me quando estava a comer. Quase morri. Fiz a minha pesquisa e descobri que mais gente teve este problema. Na verdade, todos os anos, milhares de pessoas engasgam-se e algumas centenas de pessoas morrem devido a isso. Por isso é que não dou de comer aos meus filhos. É muito perigoso. Algumas pessoas vão dizer que a comida previne que a pessoa morra de fome. Até pode ser verdade. Mas não é justo ignorarmos todos os perigos que o acto de comer comporta, tal como nos engasgarmos, sermos alérgicos a alguns alimentos, gengivite, e bafo de alho/cebola. A única coisa que vos digo é: façam a vossa própria pesquisa e decidam o que é melhor para os vossos filhos. Se decidirem dar aos vossos filhos comida que os possa matar é um problema vosso, mas como pai, é o meu direito fazer o que acho melhor e o governo não tem nada que se meter na comida que (não) dou aos meus filhos.”
Este é claramente um texto irónico.
O objectivo é mostrar a imbecilidade dos argumentos utilizados por aqueles que decidem não vacinar os filhos.
Alguns comentários continuaram no tom irónico requerido pelo texto, dizendo, por exemplo, que isto é tudo uma conspiração dos Grandes Supermercados ou que os alimentos têm químicos.
Um outro comentário foi mais longe na ironia, mostrando mais um perigo da comida: é viciante. Todos os dias, várias vezes ao dia, as crianças pedem comida. Um dos efeitos secundários deste vício, é que as crianças começam a crescer, o que as leva a comer ainda mais. Eventualmente, as crianças crescem tanto e ficam tão viciadas, que até decidem na maioridade, sair de casa e trabalhar, para ganharem dinheiro para suportarem esse vício.
Ainda outro comentário decidiu aplicar todos os comentários imbecis dos que estão contra as vacinas, em comentários imbecis contra os assentos nos carros (ou melhor, a favor da liberdade nos transportes).
Para entendermos que não estamos na presença da falácia da Falsa Equivalência, recomendo a leitura deste artigo.
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