Neste artigo, no Observador, João Júlio Cerqueira e Miguel Mealha Estrada escrevem sobre a desigualdade que se vê nos programas de debate na televisão e na rádio, quando de um lado temos cientistas e do outro lado estão pseudos.
Isso é enganar os ouvintes / telespectadores, porque dá a ideia que existe um debate na sociedade informada sobre o assunto. Na verdade, nos assuntos científicos, existe um consenso científico sobre o assunto. Daí que de um lado deviam estar milhares de cientistas e do outro estar um qualquer pseudo, isolado, a gritar pelas suas crenças.
Isso sim, seria retratar a realidade.
Mesmo assim, não é uma questão de opinião. Não é ter 500 mil opiniões contra 10 crentes no lado oposto. É ter, de um lado, evidências científicas, baseadas em investigações com testes duplamente cegos, e do outro lado ter crenças pessoais baseadas em testemunhos humanos sem qualquer análise crítica.
Além disso, os pseudos aproveitam estes debates, para ganharem reconhecimento e manipularem a informação que vão fornecendo para os telespectadores que ignoram os assuntos.
Entre outras falácias que vão sendo passadas para a população e que podem ler no artigo, aqui.
Sublinho esta parte:
“Não existe uma medicina e uma medicina alternativa, nem uma realidade e uma realidade alternativa. Só há uma medicina, a que funciona. E uma realidade, a que os terapeutas alternativos teimam em negar.”
Últimos comentários