Freedom Writers (Páginas de Liberdade / Escritores da Liberdade) é um filme baseado em eventos reais.
É um filme inspirador, que provavelmente devia ser obrigatório em todos os cursos de educação.
A professora Erin Gruwell (Hilary Swank) ensina numa escola problemática – com alunos de bairros pobres e violentos.
Os alunos matam-se uns aos outros, em gangs, sobretudo por questões de raça, mas também de orgulho, território, lealdade ao seu grupo, e respeito.
Muitos morrem, outros vão presos.
A escola está dividida em grupos, tribos, sempre em conflito.
A escola é supostamente de integração, mas na verdade está dividida informalmente em zonas de segregação.
A escola é uma zona de guerra.
Os alunos não querem saber de educação para nada, não lhes serve de nada.
Eles podem estar mortos no dia seguinte.
Assim, eles não querem estar na escola, mas são obrigados a estarem.
Através de métodos inovadores, a professora consegue ligar-se aos alunos (conhece-os a nível pessoal), cria empatia com eles, e com isso melhora os seus resultados académicos.
Ela dá-lhes matéria escolar que é relevante para as suas vidas fora da escola.
Ela ensina-lhes História, ensina-lhes o que foi o Holocausto, com o maior gang da história (os Nazis).
O Holocausto foi o resultado do ódio entre grupos.
Os seus alunos fazem o mesmo, mas a uma escala menor.
A professora ensina-lhes que eles podem ser mais na vida, do que aquilo que pensam.
Ela vê o potencial deles. Ela acredita neles!
A professora ouve os seus alunos e os seus problemas, de modo a poder adaptar o plano lectivo àquilo que é mais relevante para eles (para as suas vidas).
A professora é uma idealista.
Ela é louca o suficiente para querer mudar o mundo… e por isso, consegue-o.
Mesmo estando contra os outros professores e contra as fracas expectativas que toda a gente tinha desses alunos.
Ela dá esperança aos alunos, numa vida melhor.
E com isso, ela consegue a verdadeira integração dos seus alunos.
Através da literacia, da educação, do conhecimento, ela acabou com o preconceito e com o ódio entre eles.
Eles tornaram-se amigos, uma família.
Adoro este filme.
Para mim, é um dos melhores filmes de sempre na área da educação.
É um filme emocional, baseado em acontecimentos reais.
Provavelmente, o melhor discurso (e o mais emotivo) de todo o filme é feito pelo aluno Miguel:
“The summer was the worst summer in my short 14 years of life. It all started with a phone call. My mother was crying and begging, asking for more time as if she were gasping for her last breath of air. She held me as tight as she could and cried, her tears hit my shirt like bullets and she told me we were being evicted, she kept apologizing to me. I thought I had no home. I should have asked for something less expensive at Christmas. On the morning of the eviction, a hard knock on the door woke me up. The sheriff was there to do his job. I looked up at the sky, waiting for something to happen. My mother has no family to lean on, no money coming in. Why bother coming to school or getting good grades if I’m homeless? The bus stops in front of the school. I feel like throwing up. I’m wearing clothes from last year; same old shoes, same old new haircut. I kept thinking I’d get laughed at. Instead, I’m greeted by a couple of friends who were in my English class last year. Then it hits me: Mrs. Gruwell. My crazy English teacher from last year is the only person who made me think of hope. I walk into the room and feel as though all the problems in life aren’t as important anymore. I’m at home.”
Infelizmente, a professora não consegue equilibrar a sua vida pessoal com a vida profissional.
Por isso, a sua vida familiar, caseira, desmoronou-se.
Lamentavelmente, esta é uma situação recorrente nos “loucos que querem mudar o mundo“, desde Galileu, Newton, ou Einstein, e acabando nos astronautas das missões Apollo, por exemplo.
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