Jake Gyllenhaal acorda sobressaltado, sem saber o que faz num comboio.
A namorada fala com ele mas ele não sabe quem ela é. Ela chama-lhe Sean.
Ele diz-lhe que é o Capitão Colter Stevens, que pilota helicópteros para o exército dos EUA no Afeganistão.
Ele vai à casa-de-banho, olha para o espelho e percebe que a pessoa no espelho não é ele. Ele está no corpo de outro homem: um professor chamado Sean.
Entretanto, dá-se uma explosão no comboio.
Ele acorda deitado num local fechado.
A Capitã Colleen Goodwin, na Operação Castelo Sitiado, fala com ele, Capitão Colter Stevens.
Ela diz-lhe que ele faz parte de uma missão para encontrar um terrorista entre os viajantes habituais de um comboio para Chicago.
Ele é enviado de volta, para encontrar a bomba e o bombista no comboio.
Ele tem 8 minutos para o fazer.
Ele acorda novamente no comboio no corpo de Sean.
O padrão de coisas que tinham acontecido antes (as falas da namorada, o revisor, o cair café no seu sapato, etc) torna a acontecer novamente.
Ele assume que está numa simulação de realidade virtual.
Ele encontra a bomba no tecto da casa-de-banho da carruagem onde está.
A bomba explode novamente.
O Capitão Stevens acorda novamente no local fechado e fala com Goodwin.
Ela diz-lhe que ele já está a fazer isto há 2 meses.
Também lhe diz que isto não é uma simulação: às 7:48 da manhã, uma bomba explodiu num comboio que ia para Chicago, matando todos os passageiros.
Eles – exército – têm agora tecnologia em que conseguem colocar um homem no comboio, no corpo de um outro homem que estava lá. E conseguem colocar esse agente no passado – antes de explodir a bomba.
É nessa missão que está o Capitão Stevens.
O Capitão Stevens dá a Goodwin a localização da bomba e diz-lhe que ela é detonada por telemóvel/celular.
Ele acorda novamente no comboio no corpo de Sean.
Ele tem 8 minutos para encontrar o bombista/terrorista.
Foi atrás de um suspeito, mas não era ele.
A bomba explode.
O Capitão Stevens acorda novamente no local fechado e fala com a Capitã Goodwin.
A Capitã Goodwin quer saber quem é o bombista no comboio, porque existe uma outra ameaça de bomba, muito mais devastadora. Ela quer prevenir esse novo ataque terrorista, sabendo quem era o bombista no comboio.
É explicado que ele não consegue salvar ninguém, porque só estará dentro do Código Base. Que é baseado num cálculo parabólico da mecânica quântica. O Sean morreu na explosão, mas continuou a ter circuitos neuronais viáveis durante 8 minutos.
O código base é um programa experimental do exército dos EUA que permite explorar as memórias que Sean teve, durante os 8 minutos finais da sua vida.
O capitão Stevens é compatível com o Sean. Daí ser substituído por ele durante os 8 minutos antes da explosão.
O código base não é uma viagem no tempo.
O código base é uma reatribuição do tempo, com acesso através de uma realidade paralela.
O código base é, na prática, um programa de computador que permite a uma pessoa inserir-se na vida de outra pessoa, nos últimos 8 minutos da sua vida.
O Capitão Stevens está, na sua essência, numa simulação computorizada de realidade virtual.
O Capitão Stevens é um “detective” durante 8 minutos, nas últimas memórias de Sean.
O Capitão Stevens acorda novamente no comboio no corpo de Sean.
Não consegue fazer progressos.
A bomba explode.
O Capitão Stevens acorda novamente no local fechado e fala com a Capitã Colleen Goodwin.
Ele vê que ela pertence à Força Aérea, a um departamento chamado CAOC-N.
Ele acorda novamente no comboio no corpo de Sean.
Consegue saber pela internet, que o Capitão Colter Stevens morreu há 2 meses atrás, em combate, no Afeganistão.
O Capitão Colter Stevens acorda novamente no local fechado e fala com a Capitã Colleen Goodwin.
Stevens pergunta a Goodwin se está morto. Ela responde que parte do cérebro dele continua activado. E que ele está a imaginar que está vivo, com o corpo normal, dentro de um local fechado.
Na verdade, ele está numa cápsula, somente com metade do corpo.
Com parte do cérebro activo, ligado a um sistema de informática.
Stevens é enviado para o comboio, como Sean, muitas outras vezes, mas não consegue encontrar o bombista.
Até que o apanha. O terrorista é Derek Frost.
O Capitão Stevens acorda novamente no local fechado e fala com a Capitã Goodwin. Diz-lhe quem é o terrorista. E a polícia apanha o terrorista, antes dele executar o próximo atentado.
O Capitão Stevens é enviado novamente para o comboio, como Sean.
Ele prende o terrorista e previne a bomba de explodir.
Na realidade, real, a Capitã Goodwin desliga a máquina e o Capitão Stevens morre.
Na realidade paralela, alternativa, ele continua a viver como Sean no comboio. Nessa realidade alternativa, a Capitã Goodwin recebe uma mensagem do Capitão Stevens a dizer que tinha salvo o comboio de um ataque terrorista (antes do ataque acontecer nesta realidade paralela). Ela vai até à cápsula, onde está metade do corpo do Capitão Stevens e percebe que o Código Base funciona melhor do que ela pensava, conseguindo afectar realidades paralelas.
Source Code (Código Base / Contra o Tempo) é um bom filme de ficção científica.
A premissa é muito boa, e o filme proporciona algum entretenimento.
A história principal é sobre o mistério dele acordar em diferentes realidades e não saber o que se passa. Apesar desta história tornar o filme mais “parado”, é a que cria mais suspense.
A história secundária é o ataque terrorista. Apesar desta história ter mais acção, é a que passa sem grandes detalhes (como prova as inúmeras vezes em que ele é colocado no comboio, perseguindo suspeitos errados certamente, mas não vemos essas partes).
A mensagem social do filme parece ser que não devemos levar a a vida muito a sério (como alguns passageiros no comboio), porque essa mesma vida pode acabar de um momento para o outro.
No final, Stevens está feliz. Esta parece ser a mensagem mais relevante: devemos lutar por aquilo em que acreditamos, e ser felizes.
Como sempre, o filme inclui technobabble: atirar umas palavras aparentemente científicas, para dar credibilidade científica ao filme, mas na verdade as palavras juntas não querem dizer nada.
Não gostei da forma demasiado mecanizada da tecnologia. Estava à espera de uma máquina mais futurista, mais sofisticada.
Não gostei do final. É um final demasiado previsível e feliz: ele encontra a bomba e o terrorista.
No final, também não gostei dele continuar a viver na realidade paralela. Não faz qualquer sentido ele afectar essa simulação. Ele não devia conseguir afectar as memórias da outra pessoa. Apesar de poder ser somente a sua própria imaginação a funcionar…
Por fim, não gostei das implicações desse final. Parece querer dizer que o Source Code não é um programa de computador, não é uma simulação, mas sim uma passagem para outras realidades alternativas. Isto era desnecessário: é tornar o filme mais complexo, e entrar por áreas no mínimo extremamente dúbias.
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