Pasteur e Koch

Pasteur e Koch: duelo de gigantes no mundo dos micróbios (Pasteur & Koch: The Race Against Microbes / Pasteur & Koch: Medicina e Revolução) é um fabuloso documentário!

Recomendo-o a toda a gente!

O documentário mostra a rivalidade entre estes dois excelentes cientistas.

A “guerra” entre eles chegou ao ponto de existirem insultos de parte a parte, ao vivo (em conferências científicas) e em revistas médicas.
Eles eram cientistas… mas também eram humanos!

Em parte, foi esta rivalidade que fez com que ambos progredissem nas suas investigações.

Ambos contribuíram para o progresso da Humanidade!

Ambos combateram, e venceram, na guerra contra as doenças contagiosas.

Finalmente, a sociedade compreendeu que as doenças não são castigos divinos, mas são sim provocadas por minúsculos organismos.

O documentário passou na RTP e no canal História.

“A incrível história de um duelo científico que revolucionou o mundo da medicina.

Tuberculose, raiva, peste, cólera, tétano, difteria… espalham o terror na Europa no final do século 19.
Doenças mortais que obcecaram dois rivais: Robert Koch e Louis Pasteur.

Através da reconstituição ficcionada deste duelo científico incrível, este documentário conta a história de um momento decisivo na ciência médica, a partir do qual a esperança de vida deu um salto gigantesco.

Louis Pasteur, francês, ficou mundialmente famoso por ter desenvolvido a vacina contra a raiva.
Robert Koch, alemão, recebeu o Prémio Nobel de Medicina pela descoberta do bacilo da tuberculose.
No final do século XIX, quando as epidemias dizimavam populações, a sua rivalidade revolucionou a ciência.
Pasteur e Koch desafiaram-se em todos os campos, para grande benefício da humanidade.

Uma rivalidade, exacerbada pelos sentimentos nacionalistas no contexto da Guerra Franco-Prussiana, que estaria na origem de uma das maiores descobertas do mundo da medicina: o papel dos micróbios na transmissão de doenças.”

Pasteur tinha 50 anos e já era um conhecido químico, por descobertas anteriores.
Koch tinha 30 anos, e era um desconhecido médico de província.

A fama de Pasteur consolidou-se com as suas pesquisas e descobertas sobre a fermentação.
É com a fermentação que se faz o vinho, a cerveja, os iogurtes, etc.
Mas na época não se sabia o que causava a fermentação.
Pasteur demonstrou que a fermentação é causada por micro-organismos, que se vão multiplicando.
Ele até inventou uma forma de eliminar os germes indesejáveis: pasteurização.
E intuiu que aqueles micro-organismos teriam um papel muito mais importante, podendo talvez causar as doenças infecciosas.

Pasteur fica obcecado com a ideia de que um ser invisível a olho nú pode ser o causador de uma doença humana.
Mas não é especialista em doenças… não é médico.

Koch tem outra preocupação: centenas de milhares de animais na Europa morriam de carbúnculo.
Os seus pacientes na província tinham animais, que estavam constantemente a morrer dessa doença.
No seu pequeno laboratório doméstico, e com a ajuda de coelhos (as suas cobaias), Koch consegue demonstrar que a doença é causada por pequenas bactérias.

Poderia pensar-se que Pasteur teria rejubilado com esta descoberta. Mas não!
Pasteur foi o primeiro a afirmar/escrever, sem provar, que cada doença se deveria a um determinado micróbio. Mas agora Koch provou isso (com o carbúnculo), sem se referir a Pasteur.

Assim, Pasteur afirma que a experiência de Koch não foi feita com as devidas precauções científicas, os rigorosos testes que os cientistas consagrados fazem nos laboratórios profissionais.
Pasteur fez o teste e prova que Koch tinha razão: é mesmo aquela bactéria a causadora do carbúnculo.

Pasteur também desenvolveu uma vacina contra o carbúnculo nos animais.
E deu a explicação científica do que é uma vacina.

Koch dedica-se então ao estudo da doença humana mais mortífera na época: a tuberculose.
E consegue descobrir a bactéria que a causa: bacilo de Koch.

Ambos decidem estudar a cólera, uma epidemia que tinha matado centenas de milhares de pessoas: 18 mil mortos só em Paris em 1832.
Agora, em 1883, estava a matar 500 pessoas por dia no Egito, e ameaçava passar para a Europa.
Um dos assistentes de Pasteur, com 26 anos, morre no Egito, enquanto investigava a cólera.
No entanto, a epidemia termina no Egito, sem saberem o que causava a cólera.

Koch viaja para a Índia – onde sempre existiu cólera – e percebe que a cólera é transmitida pela água (a água é o meio de contágio). Pasteur pensava que a cólera era transmitida pelo ar.
Koch descobre o bacilo responsável pela cólera.

Pasteur decide dedicar-se a outro flagelo: a raiva.
E consegue desenvolver uma vacina contra a raiva.
Apesar de não conseguir detectar a bactéria responsável pela raiva. Sabe-se agora que é um vírus, mais pequeno.

Em Berlim, os discípulos de Koch, no Instituto Koch, desenvolvem a microbiologia.
Em Paris, os seguidores de Pasteur, no Instituto Pasteur, obcecados pela prevenção, lançam as bases da imunologia.

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