Propaganda: a arte de vender mentiras

O poder da propaganda.

Os meios de expressão da propaganda evoluíram através dos tempos.

Da arte rupestre e dos frescos da Capela Sistina, às “facadas” desenfreadas no Twitter, todos os meios de comunicação foram e são explorados para influenciar o público.

Os cidadãos são alimentados com mentiras ou meias-verdades.

O intelecto é relegado para segundo plano, onde a emoção é alimentada por ameaças sinistras e promessas irrealistas.

A mentira anula a verdade e torna-se a nova realidade.

A propaganda tem sido em algumas ocasiões relativamente inócua, mas noutras poderosa e mortal.

Este documentário tenta identificar os meios e métodos de persuasão propagandista que foram utilizados por quem procura o poder.
Nele será explorada e analisada a ordem mundial, fazendo a contextualização do paradigma atual com base na análise das principais épocas da história, onde a propaganda definiu nações e manteve as populações sob controlo.”

Propaganda: the art of selling lies é um excelente documentário de reflexão social, que também passou na RTP.

É um documentário que nos faz pensar em história, religião, política, cultura, etc, mas também nos deve fazer pensar na forma como continuamos a ser manipulados pelas mentiras da pseudociência.

Adolf Hitler disse: “A arte da propaganda está em entender as emoções das grandes massas.”

Joseph Goebbels afirmou: “A propaganda é a nossa melhor arma.”

George Orwell reiterou: “Toda a Arte é propaganda.”

A propaganda está em todo o lado!
A contra-propaganda, como a sátira contra o estado ou contra a religião, também é propaganda.

A pintura rupestre é a origem da arte. E já continha propaganda.

No documentário é dito que o propagandista mais eficaz da História é provavelmente a Igreja, com escritos, pinturas, esculturas, música, arquitetura… tudo o que é Arte.

Mas filmes (cinema) e séries na televisão também passam mensagens culturais (estereotipadas) e apresentam um estilo de vida consumista idealizado. Que é propaganda, e também servem para influenciar as pessoas a nível político, religioso e cultural.

A comunicação social também faz os spins, de modo a influenciarem o público.

As redes sociais são uma arma: são utilizadas como arma de propaganda.

No documentário, é defendido que a função da Arte é ser propaganda: é vender algo, é transmitir uma mensagem.

A arte da propaganda unifica populações. Tem um poder unificador.
Também tem um poder transcendente. É uma sensação poderosa de transcendência. Que pode ser muito perigosa.

No centro de todas as campanhas de propaganda, existe um apelo emocional.

A boa propaganda explora a nossa necessidade de acreditarmos em algo, e a nossa ânsia por uma forma mágica de poder.
Na nossa mente, deixamos de ser irrelevantes/insignificantes no Universo, e passamos a ser mestres do Universo.

A boa propaganda é uma boa história, uma boa narrativa: há um inimigo e há um herói.
A propaganda pega em símbolos (como as constelações/signos) e confere-lhes poderes sobrenaturais.

Contar histórias (story-telling) faz parte da História da propaganda.
As pessoas querem acreditar em histórias…

Assumimos que a propaganda é para os outros.
Gostamos de pensar que não a consumimos, e que não acreditamos na informação propagandista. Assumimos que só os outros é que se deixam levar pela propaganda.
Normalmente pensamos na propaganda como sendo dos Nazis, dos Soviéticos, da Igreja Católica, e dos outros partidos que não os nossos.
E, nesta falta de auto-reflexão, estamos mais perto de ser manipulados pela propaganda.

A melhor propaganda é quando não a vemos como propaganda.

A propaganda mais bem-sucedida é aquela que nos diz o que queremos.
O que está sempre a ser vendido é: um futuro melhor.

Nós permitimos que sejamos manipulados por ficções. Como se fossem verdades incontestáveis.
Sempre nos deixamos cativar por contos de fadas e fantasias.

Há algo na propaganda que incapacita a nossa inteligência.
Muito tempo depois, podemos olhar para trás e pensar: como pude acreditar naquilo?
O problema é que temos atenção seletiva: de modo a podermos continuar a acreditar, caímos na dissonância cognitiva.

Deixamos que o nosso poder de raciocínio seja domado pelo irracional.
Somos facilmente manipulados e influenciados.
Infelizmente, a ficção distópica de Orwell tornou-se realidade.

O conceito de verdade é atacado.
O conhecimento é aviltado.
E a ignorância é aplaudida.

“Somos uma espécie extremamente social.
Mantivemos os nossos instintos tribais.
E temos uma profunda necessidade de pertença firmemente enraízada na nossa evolução.

Desde tempos primordiais que a nossa tendência para imaginar ficções coletivas permitiu a ascenção de grandes civilizações e o florescer da Humanidade.

Mas temos de analisar essas narrativas com uma razão disciplinada e ceticismo. Temos de ter consciência das nossas emoções e de como elas podem ser manipuladas/exploradas.”

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