Foi descoberto numa gruta na Crimeia, um fóssil de uma ave que era três vezes maior que uma avestruz.
Já se conheciam aves grandes (extintas), como a ave-elefante de Madagáscar ou o moa da Nova Zelândia, mas é a primeira vez que se encontram fósseis de aves tão grandes na Europa.
A espécie Pachystruthio dmanisensis teria 3,5 metros de altura, pesaria 450 kg, e não voava. Devia ser uma excelente corredora.
Os fósseis agora descobertos mostram que a enorme ave deve ter vivido há quase 2 milhões de anos atrás.
Isto sugere que deve ter existido alguma convivência entre esta ave e os antepassados dos Humanos, os primeiros europeus. Provavelmente, os primeiros europeus caçaram estas enormes aves.
Curiosamente, esta região na Crimeia, chamada Táurida, contém uma rede de cavernas que só foi descoberta devido à construção de uma nova auto-estrada.
Além de fósseis desta ave gigante, também foram descobertos fósseis de mamutes, grandes hienas, bisontes, entre outros.
Quiçá existirão fósseis que nos poderão dar novas informações sobre a vida existente no passado da Europa…
Fontes: artigo científico, Nature, Daily Mail, IFL Science, National Geographic, Paleontology World, Popular Mechanics.
2 comentários
No começo da Era Cenozóica, após o impacto do meteorito que matou os dinossauros, os diferentes ambientes terrestres ficaram desprovidos de animais, segundo os cientistas, com peso superior a 40 kg, ou pelo menos quase todos (os crocodilos que, salvo erro, existem desde o período Pérmico subsistiram).
Foram as aves os primeiros animais a ocuparem, durante alguns milhões de anos, a posição deixada pelos dinossauros (ocupação dos nichos ecológicos e consequente especialização das espécies) e o topo da hierarquia.
No entanto, em grande parte do Mundo, foram rapidamente substituídas pelos Mamíferos, com algumas espécies ainda mantendo um certo “gigantismo” que afectou os animais, de uma maneira geral, nas épocas Eocénica-Oligocénica (especialmente os mamíferos) e por consequência, a posição das aves no nicho ecológico onde estavam inseridas, pois sofreram competição directa (e indirecta) por parte dos mamíferos.
Um caso especial aconteceu na América do Sul, tendo este continente ficado isolado até à relativamente poucos milhões de anos atrás, dando origem a espécies de “aves do Terror” (google it!). A maioria das espécies de aves gigantes extinguiram-se até à sensivelmente 2 milhões de anos (Pliocénico-Pleistocénico), subsistindo, por exemplo, a Avestruz e o Emu.
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Excelente comentário!
Obrigado!