Admirável Mundo Novo – Vítor Cardoso

A jornalista Miriam Alves fez uma série de pequenas entrevistas muito interessantes sobre ciência e tecnologia, para a SIC Notícias, sob a rubrica Admirável Mundo Novo.

Realço este episódio, com o físico Vítor Cardoso, sobre buracos negros.
“2019 foi o ano em que o mundo viu a primeira imagem de um buraco negro. Considerados os corações das galáxias, os buracos negros estão hoje associados à origem dos planetas e da própria vida.”
Nesta entrevista, o físico Vítor Cardoso “explica como vamos conseguir ver todo o Universo desde o Big Bang, ou seja, vamos saber como o Universo nasceu”. Isto será feito através do estudo das ondas gravitacionais.

Gostei bastante da explicação: os buracos negros não são aspiradores cósmicos, mas na verdade são como varinhas mágicas.

Gostei da parte em que ele fala do tempo “elástico”, explicando que o tempo corre mais devagar em zonas em que a gravidade é mais forte (“os meus pés estão mais jovens que a minha cabeça”). Tal como no filme Interstellar, se colocarmos uma tripulação numa nave espacial a orbitar ao redor de um buraco negro; para a tripulação pode passar somente 1 ano, e na Terra ter passado 1 milhão de anos. Assim, se a tripulação da nave voltasse à Terra, regressaria para o futuro da Terra.
No entanto, a pergunta da jornalista tinha uma resposta rápida: sim, podemos viajar para o futuro: todos nós o fazemos a todos os segundos do dia. 🙂

Não concordo que “as ideias de Newton caíram”. Pelo contrário: elas continuam fundamentais na astronáutica, na educação, na nossa gravidade (no nosso mundo), etc. Einstein simplesmente complementou essas ideias para outros fenómenos.

Correcção: Le Verrier estudou as discrepâncias na órbita do planeta Úrano, e não Saturno, prevendo a existência do planeta Neptuno.

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