Estive a ver um documentário na National Geographic Wild intitulado Incredible Insects.
É um documentário muito interessante, que recomendo vivamente.
“À nossa volta, existe um mundo cativante de arrepiantes bichos rastejantes.
E fazem parte do maior grupo de animais existente na Terra: por cada humano, existem 200 milhões deles.
Devido a milhões de anos de evolução, estes invertebrados sobrevivem em quase todos os ambientes, com adaptações bizarras e fascinantes.”
“Nas sombras do nosso planeta, há um mundo extraordinário, onde os insectos excedem os Humanos numa proporção de 200 milhões para um.
São de longe a maior família de animais do planeta Terra.
Dominam nos céus, no mundo subaquático, e no chão em decomposição das florestas.
Adaptaram-se de modo bizarro: de horríveis bocas, à superioridade numérica (ex: formigas), e à camuflagem assassina (ex: insecto-folha).
Este é o mundo dos insetos incríveis!”
Para nós, esta é uma vida praticamente “extraterrestre”…
E encontra-se um pouco por todo o lado, em vários ambientes e ecossistemas no nosso planeta…
Eles andam por cá… mas são bem terrestres 😉
Os insetos referidos neste documentário são:
Vespa mandarina rainha: esta gigante vespa repousa 6 meses (durante o outono e o inverno). Quando acorda, tem um único objetivo: criar um exército. Ela constrói o ninho e põe os ovos; a descendência são todos fêmeas. Em pouco tempo, a colmeia tem mais de 600 elementos.
As vespas caçam as abelhas. Uma única vespa mata 40 abelhas por minuto. As vespas eliminam todas as abelhas da colmeia. Elas querem as larvas (de abelhas) e o mel das colmeias das abelhas. Mas um grande número de abelhas cercam uma vespa, aumentam a temperatura coletiva em mais de 40ºC, e a vespa é cozida viva. No entanto, o exército de vespas acaba por levar a melhor. O massacre termina em meras 3 horas, com 30 mil abelhas mortas.
Vespa-cavadora: injeta veneno nas vítimas, paralisando-as. Depois, enterra as presas vivas – as vítimas ficam vivas num túmulo durante semanas. Durante essa “estadia”, as crias da vespa vão comendo as presas vivas.
Vespa-parasita: injeta os ovos diretamente no corpo das presas. Injeta mais de 100 ovos de uma só vez. A vespa põe os ovos dentro das suas presas para a sua descendência comer as vítimas por dentro.
Alfaiate: caminha sobre a água. Ele não se afunda, porque as longas pernas ajudam a distribuir o peso corporal, mas sobretudo porque tem milhares de micro-pêlos a cobrir o corpo e as pernas. Cada pêlo é revestido por uma cera à prova de água. Estes pêlos aprisionam o ar, que forma uma bolha contra a superfície da água. A bolha de ar permite ao Alfaiate caminhar/deslizar sobre a água – como se fosse um barco caseiro insuflável. É quase um “milagre” da evolução – os “milagres” só existem na natureza e na ciência.
Este inseto, Water Strider, apanha as presas que se estão a afogar na água, injetando-lhes um “cocktail” de enzimas que liquefazem as entranhas da borboleta. Depois, é só sorver a nutritiva refeição.
Libélula, Dragonfly: antes de ser uma libélula (adulta), é uma larva chamada ninfa, vivendo debaixo de água. A ninfa tem um sistema de propulsão peculiar, e da sua boca sai uma garra que apanha as presas.
Inseto-folha: tem uma camuflagem fantástica. Ele parece-se com galhos de árvores. Quando essa camuflagem não funciona, ele abre asas com cores vibrantes. Quando, mesmo assim, não funciona, o inseto atira gás lacrimogéneo para os seus potenciais predadores.
Louva-a-deus: é um excelente caçador, com uma velocidade e armas fantásticas (nas patas). Tem sentidos apurados: as antenas detectam o odor da presa; a cabeça pode virar-se totalmente; e tem 5 olhos fabulosos (feitos com 10 mil olhos/lentes pequenas) que lhe permite detectar movimento a 18 metros de distância. Quando está a olhar para nós, ele não olha só para nós, mas para tudo ao mesmo tempo.
Insecto assassino, Reduviidae: tem a capacidade de liquefazer as suas presas. Tem um bico que é uma agulha; este probóscide entra nas presas, perfurando as suas entranhas, paralisando a presa, e dissolvendo as suas entranhas (ou seja, torna as presas em sopa por dentro, as suas células dissolvem-se). Passa a ser uma refeição líquida que o insecto absorve pela “palhinha”, o seu bico.
Formigas siafu: formam uma colónia, um super-organismo de 50 milhões de formigas, com caçadoras, recoletoras, construtoras, soldados, etc. Cada uma das formigas tem a sua função na colónia. Elas usam os seus próprios corpos para construir paredes e pontes até 12 metros para atravessar água! São cegas. Comunicam por feromonas, detectadas pelas suas antenas. Para comerem, elas fazem 100 mil vítimas num só dia. Por dia, eliminam toda a vida numa área equivalente a um campo de futebol.
Formiga-leão: vive num dos lugares mais secos do mundo, a savana africana, com 40ºC. Mas ela não precisa de beber água: obtém os líquidos através das suas presas. Não são realmente formigas, mas sim larvas de um insecto voador, que ainda não desenvolveram asas, olhos ou ânus. A formiga-leão cava um buraco na areia. Quando uma formiga vai lá, ela não consegue depois subir. Por isso, a formiga-leão apanha-a. Esta inteligente armadilha também a protege de predadores.
Mariposa-atlas: é um dos maiores insectos do planeta. Quando é uma lagarta, come, come e come, para engordar. Durante um mês passa por uma remodelação (make-over) radical, tornando-se uma borboleta. Tem só uma semana de vida que serve somente para procriar, já que não tem boca para comer.
Besouro aquático: consegue voar e nadar. Tem capacidade para respirar debaixo de água, através de uma adaptação fantástica que lhe permite mergulhar com uma bolha de ar (que funciona como um escafandro); quando o ar acaba, o besouro volta à superfície para recarregar. Como não consegue ver bem debaixo de água, ele tenta apanhar tudo o que se mexe, preferindo comer girinos vivos.
Besouro-hércules: consegue carregar 850 vezes o seu próprio peso – seria o mesmo que nós, humanos, conseguirmos carregar 50 mil quilos, o equivalente a um humano levantar/transportar 9 elefantes!
Centopeia: a da floresta da Amazónia tem um veneno paralisante e mortal.
Centopeia gigante: consegue apanhar morcegos em vôo! Como é cega, usa as antenas para sentir o odor e o movimento das suas vítimas. Com as suas patas, abraça o morcego, paralisando-o. Depois, devora o morcego vivo. Mais de 400 milhões de anos de evolução tornaram-na numa predadora especializada.
“Um mundo sem insectos é inimaginável, já que eles são um elo essencial na cadeia alimentar.
Sem eles, a rede da vida colapsaria.
A nossa coleção de insectos tem estranhas e maravilhosas habilidades.
Os insectos são magníficos!”
A diversidade da natureza é impressionante!
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