Reféns do clima

A Fundação Francisco Manuel dos Santos realiza a rubrica Fronteiras XXI, com alguns programas de debate sob o tema “Os Temas que desafiam Portugal e o Mundo”.

O Fronteiras XXI já vai na 4ª temporada.

Da 2ª temporada, em 2018, destaco o debate com o título: Reféns do clima.

Crédito: Fronteiras XXI

“As alterações climáticas já estão a mudar o mundo.
Em Portugal teremos de habituar-nos a um clima mais árido, chuva fora de época e ondas de calor prolongadas.
Ainda podemos reverter este cenário? Que novas soluções são necessárias?

A temperatura do planeta não pára de subir. Todos os dias, as emissões de gases com efeito de estufa criam na atmosfera uma temperatura equivalente à de 400 mil bombas de Hiroxima.

Com o aquecimento global, o degelo nos pólos Norte e Sul tornou-se inevitável. Os cientistas calculam que, no final do século, o nível médio do mar poderá ter subido até 1,5 metros, alterando a geografia das zonas costeiras.

Grandes tempestades ou períodos de seca extrema podem tornar-se regra. Muitas cidades ficarão sem água e reservas do planeta, como a Amazónia, arriscam perder metade dos animais e plantas.

Em Portugal, os termómetros no Verão deverão marcar, em média, mais cinco graus em 2100. Teremos de habituar-nos a um país mais árido, a ondas de calor mais intensas e prolongadas e a chuva fora de época.

Como podemos travar este cenário? E como é que estas previsões irão mudar a forma como vivemos? Que soluções existem para reduzir o impacto das mudanças climáticas na economia e agricultura?

Para responder a estas e outras perguntas estarão em debate no Fronteiras XXI o físico e perito em alterações climáticas Filipe Duarte Santos, a especialista na redução do impacto de carbono Maria Júlia Seixas, o consultor em políticas dos oceanos e presidente da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha e o engenheiro agrónomo e ex-presidente da Liga para a Protecção da Natureza, Eugénio Sequeira.”

Sinceramente, não gostei deste debate.

Pareceu-me demasiado monótono e aborrecido.

Os convidados não tiveram uma boa comunicação e por diversas vezes tornaram o tema demasiado complexo.

Realço as palavras de Tiago Pitta e Cunha:

Os oceanos e o clima (alterações climáticas) estão interligados.

Se não fossem os oceanos, o nosso planeta já não seria habitável em termos de alterações climáticas.

São os oceanos que estão a combater as alterações climáticas.
Os oceanos funcionam como para-choques.
Mas eles estão saturados.

Simultaneamente, os oceanos são as principais vítimas das alterações climáticas.

Perdemos 40% dos corais no mundo, nos últimos 2 anos, devido ao aumento da temperatura.
Os corais têm 30% das espécies da biodiversidade do oceano.

Não há tecnologia humana para salvar os corais. Eles vão desaparecer.

Pessoalmente, penso que este é um problema temporário: que eventualmente iremos ultrapassar, e será somente uma nota de rodapé nos livros de história da ciência do futuro.

A revolução industrial é recente, muito recente na história humana.
Dentro de 100 ou 200 anos já não utilizaremos combustíveis fósseis.
Assim, a utilização maciça de combustíveis fósseis durará no máximo 500 anos.

Dentro de 5000 anos, essa utilização que tão mal faz ao ambiente, será interpretada como somente um pequeno ponto na evolução cultural humana.

Vejam todo o debate, no website da RTP, aqui.

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