O que é que podemos fazer pelo planeta?

A Fundação Francisco Manuel dos Santos realiza a rubrica Fronteiras XXI, com alguns programas de debate sob o tema “Os Temas que desafiam Portugal e o Mundo”.

O Fronteiras XXI já vai na 4ª temporada.

Da 3ª temporada, em 2019, destaco o debate com o título: O que é que podemos fazer pelo planeta?

“A vida na Terra nunca esteve tão ameaçada como agora. A crise climática tem-se agravado a um ritmo mais acelerado do que o previsto.

Jovens de todo o mundo uniram-se para ser o megafone da comunidade científica: exigem uma acção global conjunta que garanta o futuro das próximas gerações.

Hoje 7,7 mil milhões de pessoas habitam o planeta, em 2050 seremos quase 10 mil milhões. Como é que vamos alimentar uma população crescente? Teremos mesmo de aumentar a produção agrícola quando hoje 1/3 dos alimentos vão parar ao lixo? Os hábitos de consumo geram tanto desperdício que terão de ser radicalmente alterados.

As emissões de gases com efeito de estufa não dão sinais de abrandamento, para dar resposta às necessidades dos transportes, indústria e da agro-pecuária. O degelo dos pólos Ártico e Antártico agrava-se. A geografia de regiões inteiras está a mudar. E as florestas continuam a ser dizimadas para aumentar a produção de gado e de culturas como a soja. As consequências podem ser irreversíveis. Está em curso uma extinção de milhões de espécies de animais e de plantas que afectará todos.

O que podemos fazer para alterar este cenário? Mais de metade dos portugueses diz estar disposto a reduzir o consumo de carne e pagar mais por produtos de origem sustentável, segundo dados do “Segundo Grande Inquérito sobre Sustentabilidade” em Portugal, agora divulgado. Mas há muitas outras formas de reduzirmos a pegada ecológica no dia-a-dia.

No Fronteiras XXI debatemos as soluções que as pessoas, as empresas e as organizações podem pôr em prática para garantir a sustentabilidade de todos os que vivem no planeta Terra. Não perca o Fronteiras XXI, com a participação especial do realizador e activista ambiental brasileiro, Fernando Meirelles, a socióloga Luísa Schmidt, o engenheiro do ambiente Tiago Domingos e a economista Filipa Saldanha.”

Gostei mais deste debate do que do anterior sobre, basicamente, o mesmo tema.

No início, parecia que o debate iria ser só sobre Portugal.
Mas afinal não foi.
E ainda bem! Porque ficou um debate muito mais interessante.

A jornalista afirmou que são necessários líderes que acreditem na ciência.

Eu percebo o que ela quis dizer, e a sua intenção era boa.

No entanto, ela está a disseminar concepções erradas sobre a ciência – que servem de armas de arremesso contra a ciência.

A ciência não depende de se acreditar ou não nela. A ciência não é uma crença!
Não importa o que a pessoa acredite: a ciência funciona! Nós provamos isso milhares de vezes ao dia.

Realço as palavras de Tiago Domingos:

Foram os combustíveis fósseis que ajudaram a construir a sociedade que temos hoje.
(E, digo eu, devido a isto, não os devemos diabolizar de forma fundamentalista.)

É a ciência e a tecnologia que nos vão ajudar a resolver os problemas das alterações climáticas.

Vejam todo o debate, no website da RTP, aqui.

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