Na passada sexta-feira (dia 10 de Abril), a convite de Peter Ferrer, falei um pouco com ele, live, sobre a COVID-19, numa perspetiva de educação científica.
Se quiserem ver essa conversa, que espero que seja interessante, vejam este vídeo (com o crédito dele):
Tal como costumo fazer, revi e analisei esta “entrevista”, de modo a a tentar entender onde errei.
Vou fazer então a análise crítica, apontando os meus erros, e as respetivas correções:
As imagens iniciais estão muito boas. Os primeiros 2 minutos são excelentes. O crédito é, na sua totalidade, do Peter Ferrer.
Sou muito melhor comunicador ao vivo do que por computador. É um facto.
Pelo computador, muitas vezes não olho sequer para a câmera.
Também digo muitas vezes “errrrr” (e “hummm”), enquanto penso na resposta.
Além disso, falo demasiado depressa…
Por outro lado, por várias vezes estava a partilhar o meu ecran/tela e, sem querer, mostrava o vídeo com o Peter sem me aperceber que estava a partilhar o ecran. Essas partes ficaram mal, porque se tornaram confusas. A culpa é inteiramente minha, e mostra bem que não estou habituado a comunicar desta forma.
Tendo em conta que estávamos a falar sobre a COVID-19, eu não devia ter tocado tantas vezes na cara…
Sobre desportistas poderem apanhar o vírus, na entrevista eu disse que 2 dias antes no Reino Unido tinha morrido um maratonista. Na verdade, foi nos EUA que morreu o maratonista devido ao novo coronavirus.
Já agora, também morreu um futebolista sueco de 28 anos devido à COVID-19.
Sobre o estudo na revista científica Nature, foi realmente publicado que 78 vacinas-candidatas (potenciais) estão, confirmadamente, a ser desenvolvidas. 5 dessas vacinas já entraram na fase de ensaios clínicos (e não duas, como erradamente referi no vídeo).
A secção dos 50 minutos aos 60 minutos, pareceu-me muito interessante. Refiro a minha tese de doutoramento, realçando uma tabela e um estudo científico. Explano o problema da literacia funcional: das pessoas não conseguirem entender verdadeiramente o que lêem em artigos na internet, por exemplo.
Depois disto, até aos 80 minutos, explico que a todos os minutos do dia aplicamos, com sucesso, o pensamento racional.
Os 10 minutos seguintes foram para uma “lição” de astrobiologia.
Quando falei do Tempo de Planck, errei. O expoente não é 34, mas sim 43 (troquei os números). O que faz com que sejam 42 zeros a seguir à virgula.
O Peter queria que eu falasse da imagem chamada Ultra Deep Field feita pelo Telescópio Espacial Hubble. Mas comecei a falar de outras coisas e, infelizmente, esqueci-me de voltar a este assunto.
Antes do Facebook existia o MySpace (esqueci-me do MySpace na conversa).
E o Facebook não existe há 20 anos, mas sim provavelmente há 15 anos.
Na conversa, como exemplo, eu falei em colocar Cloroquina em átomos de carbono.
O que eu quis explicar está correto. Mas o exemplo foi confuso e infeliz, até porque a Cloroquina tem átomos de carbono.
O final foi excelente, com a frase emblemática de Carl Sagan: alegações extraordinárias requerem/exigem evidências extraordinárias.
No geral, penso que a conversa ficou um pouco longa.
Em vez de uma só conversa com vários temas, talvez fosse melhor várias pequenas conversas, cada uma com o seu tema. Talvez fosse mais apelativo dessa forma. Não sei.
(se tiverem outras correções a apontar, por favor, façam-nas nos comentários. A informação verdadeira e precisa deve estar acima da informação errada, independentemente de quem a diz)
4 comentários
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Achei a análise crítica que agora foi feita bastante acertada! Acho que é preciso coragem para se assumir os pontos menos positivos num trabalho feito por si próprio. Parabéns por isso!
Author
Obrigado pelo feedback!
Assisti a todo o vídeo e foi deveras interessante!
Como estudante de Psicologia e muito interessado em Ciência e no seu contributo para a Humanidade, aproveito para lhe deixar um agradecimento e os parabéns pelo trabalho que tem desenvolvido no AstroPT!
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Obrigado pelo feedback!