Esta ideia anda a ser difundida nas redes sociais.
Mas é uma ideia válida?
Sim, mas não é necessário!
Se as máscaras precisassem de filtragem mais eficaz, fabricavam-se máscaras com essas características.
“As máscaras cirúrgicas são compostas por duas partes diferentes e, por isso, devem ser utilizadas segundo as indicações do fabricante.
O material da parte interna tem a capacidade de absorver o vapor de água que é expelido durante a respiração, enquanto o da parte externa – normalmente de cor azul – é impermeável e protege contra gotículas.”
Além disso, utilizar duas máscaras vai levar à escassez de material de proteção e aumentar a quantidade de lixo.
Todas estas razões tornam ineficaz a ideia de utilizar duas máscaras em simultâneo.
Adicionalmente, nas redes sociais, é dito que se deve “aplicar por dentro da máscara cirúrgica uma outra máscara, mas no sentido oposto, ou seja, com a parte exterior virada para a boca e para o nariz.”
Mas isto não faz sentido.
Como diz Pedro Ferreira: “Há procedimentos, ao nível dos cuidados de saúde, nos quais são usadas duas máscaras cirúrgicas. No entanto, devem ser usadas uma sobre a outra, na mesma posição, e não em sentidos opostos.”
Leiam no Polígrafo SIC, aqui.
E vejam este segmento do episódio, aqui.
1 comentário
Parece-me que é mais ou menos como a ideia de usar dois preservativos…. aumenta a eficácia porque ela vai-se embora.