Doentes ligeiros com lesões cerebrais

Crédito: University College London

Como podem ver nesta reportagem, um estudo publicado na revista científica “Brain” mostra que doentes infetados com o novo coronavirus podem ter lesões neurológicas graves.

O estudo científico mostrou que doentes com sintomas leves da COVID-19 podem ter as mesmas lesões cerebrais graves que doentes com sintomas graves.

Existiram pacientes que tiveram AVCs e outros com inflamações de partes do cérebro.
Alguns pacientes com sintomas leves da doença, desenvolveram alucinações, delírios e agressividade.
Uma paciente que só tinha alguma tosse e febre, teve que ser operada ao cérebro após se debater com demência.

Assim, este estudo parece mostrar não só que existem consequências neurológicas graves de contrair a doença, mas também que parece não existir uma relação entre a gravidade dos sintomas da doença com os problemas neurológicos que daí podem advir.

No entanto, este estudo foi feito com somente 43 pacientes COVID-19. Eles tinham sintomas e gravidades diferentes.
Assim, os próprios investigadores incentivam a que se façam muitos mais estudos (com amostras maiores) sobre as complicações neurológicas de curto, médio e longo prazo, em doentes COVID-19.
Porque, se este estudo se confirmar, com dezenas de milhões de pessoas infetadas em todo o mundo, pode vir a existir uma enorme vaga de lesões cerebrais causadas pela COVID-19. Porventura, só daqui a alguns anos poderemos observar as limitações nas funções cerebrais, os défices cognitivos existentes em pessoas que atualmente foram infetadas com o novo coronavirus.

Fontes: artigo científico, comunicado de imprensa, jornal Expresso.

1 comentário

  1. Na minha opinião 49 pacientes é uma amostra reduzida para que se tirem qualquer tipo de conclusões. Confesso que não li o estudo e só estou a basear-me no que foi anunciado na comunicação social, assim sendo, parece-me que a prova de causalidade entre a COVID-19 e essas lesões não pode de maneira alguma estar assegurada. Até prova em contrário é poderá ser mais uma “confusão” entre a correlação e a causalidade..

    Este tipo de noticias sustentadas em estudos isolados são exactamente o que a Comunicação Social adora, neste momento só servem para aumentar ainda mais a cultura de medo.

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