O comunicador de ciência Frank Swain escreveu de forma humorística:
“Uma pessoa estuda 3 anos para um Bacharelato em Ciência (no Reino Unido). Depois estuda mais 3 anos para um Doutoramento. A seguir, é contratado por um laboratório e começa a trabalhar. Durante anos, o indivíduo estuda determinado problema: forma hipóteses, recolhe evidências, testa essas hipóteses, retira conclusões. Repete o processo várias vezes. Reporta as suas descobertas. As suas conclusões e estudos são avaliados pelos seus pares. As suas investigações são, finalmente, publicadas. Por fim, algumas dessas publicações aparecem na comunicação social.
E qual é o comentário de uma pessoa aleatória na internet sobre essas publicações? “Treta! Mentira! Besteira!””
Exceto o início (a minha experiência diz-me que os anos de estudo não são 3 mas 4), o resto parece-me bastante evidente que é o que acontece.
Quando se entra em websites da comunicação social, os comentários a artigos de ciência são deprimentes. As pessoas pensam que podem comentar tudo, sem entenderem do que estão a falar, como se estivessem a falar com esse cientista ou jornalista de ciência na mesa de café. Não há qualquer respeito pelo conhecimento ou pela experiência e tempo passado a estudar o assunto.
Infelizmente, este é um dos sintomas da iliteracia funcional e científica que existe na população mundial.
2 comentários
Ir para as redes sociais debater ciência, é como ir a um bar debater ciência… Há um grande número de pessoas que fazem muito barulho e estão-se nas tintas para o trabalho científico a ser explicado.
É a transformação digital das tascas.
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Pois 🙁
Excelente analogia. Concordo.