Irresponsabilidade pandémica

Os diversos governos tiveram uma enorme responsabilidade nesta pandemia.
Quer os que estiveram muito bem, quer os que estiveram muito mal.
Noutros artigos, já critiquei bastante o governo de Trump, por exemplo, e elogiei o da Nova Zelândia.

No entanto, não se pode incutir a responsabilidade total nos governos.
A população desses países também tem de ajudar.

Por várias vezes durante a pandemia foi-se vendo festas ilegais com dezenas/centenas de pessoas num espaço confinado.
Esta irresponsabilidade é individual e não dos governos.

Em Março passado fiquei chocado quando vi nas notícias na televisão esta festa funk no Rio de Janeiro, Brasil, num trem/comboio, com muito álcool, sem máscaras e sem qualquer distanciamento social.
Tendo em conta que o Brasil estava a atravessar um desastre humanitário (como está agora a Índia), parece-me que este tipo de festas é, no mínimo, de uma irresponsabilidade tremenda e, no máximo, as pessoas deviam ser criminalizadas por promoverem a morte por negligência.

Por falar em Índia, há cerca de 1 mês, milhões de pessoas decidiram participar no festival religioso Kumbh Mela no rio Ganges.
As consequências estão bem visíveis: as pessoas não foram purificadas, não foram salvas do coronavirus, nem ficaram com uma saúde de ferro. Pelo contrário. Infelizmente, vários milhares de pessoas morrem todos os dias. Mais uma vez, algumas por irresponsabilidade individual (juntamente com a do Governo, neste caso, porque não proibiu a realização deste festival).

1 comentário

    • Jonathan Malavolta on 08/05/2021 at 19:21
    • Responder

    A quem interessar possa, adianto que há anos o CP e o CPP (respectivamente, Código Penal e Código de Processo Penal) brasileiros preveêm, para além da multa (altíssima, neste caso) pena de detenção de 1 a 7 anos em regime fechado (advogados brasileiros podem me corrigir, se eu estiver errado) pelo crime de pandemia. Essa previsão começou a ser aplicada no Brasil na época em que o ebola estava transtornando o continente africano e havia risco enorme de ultrapassar as fronteiras (marítimas inclusive) e atingir em cheio outros continentes do globo (década de 1990, salvo engano). Ou seja, não é uma lei recente. A respeito de festas em época de COVID-19, milhares de pessoas já foram presas em flagrante, outras tantas autuadas apenas com multa (acredito que para não sobrecarregar nosso já saturado sistema penitenciário), justamente por conta dessas festas irresponsáveis (e outros tipos de evento: casas de show, cassinos clandestinos, bares e restaurantes que insistem em abrir e receber público no local, etc).

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