A pandemia de COVID-19 tem levado a uma pandemia de desinformação.
Como a literacia científica das pessoas é baixa, as redes sociais têm sido um terreno fértil para enganar as pessoas.
Uma das mensagens que anda a ser partilhada nas redes sociais avisa que as zaragatoas dos testes à COVID-19 abrem uma entrada direta para o cérebro.
“Quem já fez testes à covid-19 terá, provavelmente, soltado uma lágrima e ficado com a sensação que quem enfiou a zaragatoa nos arrancou parte do cérebro pelo nariz.
Será que é mesmo assim?”
Isto é Falso!
“Isso não é anatomicamente possível porque não há nenhum ponto do trato respiratório que entre em contacto com o crânio”
Não existe canal entre o trato respiratório e o crânio, de modo a que a zaragatoa passasse.
Por isso, a zaragatoa não pode chegar ao cérebro. Tinha que furar várias coisas até lá chegar!
“Para chegar à barreira hematoencefálica, uma membrana que protege o cérebro de agentes patogénicos e outras substâncias estranhas que circulem no organismo, a zaragatoa teria de furar um segmento do osso etmoide, no centro do crânio, as meninges, o líquido cefalorraquidiano e os vasos sanguíneos.”
“Embora uma lesão na barreira hematoencefálica possa comprometer a segurança do sistema nervoso, a zaragatoa não é capaz de provocar essas lesões porque o cérebro está bem escudado. Em algumas das operações em que os médicos necessitam de alcançar o cérebro, não só se realiza uma incisão no couro cabeludo como se pode utilizar uma broca para atravessar o crânio e as meninges.”
Fontes: Observador, Hora da Verdade
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