Os conspiradores dizem-nos muitas vezes – para uma variedade de assuntos – que a culpa é da ganância das farmacêuticas, que andamos todos enganados por essas “entidades manipuladoras”.
Daí ter gostado bastante desta análise de Paulo Portas, em Fevereiro.
Não só mostra os prazos normais de desenvolvimento das vacinas (ou seja, o tempo e dinheiro investidos pelas farmacêuticas durante décadas), como explica as dificuldades nesse desenvolvimento.
Mas sobretudo gostei porque se percebe que só uma ínfima parte das farmacêuticas é que tem sucesso. Para cada doença (como a COVID-19), para cada desenvolvimento de vacina segura e eficaz para combater essa doença, existem muitas farmacêuticas que “ficam pelo caminho”.
Assim, o desenvolvimento da vacina só é bom para alguns: para aquela(s) farmacêutica(s) que tiver(em) sucesso. Todas as outras farmacêuticas vão perder bastante.
Ou seja, para a maioria das farmacêuticas (as que perderem), a tentativa de desenvolvimento de uma vacina é um péssimo negócio.
Vejam o segmento, aqui.
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