Não acreditava na COVID-19 e morreu

Neste post, falei de americanos (sobretudo políticos) que não acreditavam nas consequências severas da infeção pelo novo coronavirus e por isso morreram.

Mas esta irresponsabilidade não é só americana.
Este fundamentalismo ignorante está espalhado por muitos (todos?) países.

Por exemplo, o britânico Chris Grailey pensava que a pandemia era uma treta, até ser internado nos cuidados intensivos.

Outros exemplos: a brasileira Ygona Moura e o ucraniano Dmitriy Stuzhuk.
Ambos morreram, após publicamente negarem a pandemia.

Curiosamente, ambos eram auto-proclamados influencers.
E os chamados influencers foram fortemente criticados por, de forma egoísta, ignorarem a realidade e continuarem a promover uma cultura de negacionismo e anti-ciência.

O comentário humorístico nesta notícia é educacional: a ciência não se faz de acreditar. A ciência funciona. O conhecimento científico que nos permite ter eletricidade todos os dias em casa e nos nossos aparelhos eletrónicos é o mesmo conhecimento que nos permite saber as informações sobre os vírus e sobre a COVID-19. Além disso, o conhecimento científico é independente das pessoas, das suas crenças e dos seus desejos pessoais. Assim, é irrelevante se as pessoas acreditam ou não: o conhecimento científico é real.

3 comentários

  1. Esta crescente resistência às vacinas deve-se ao desconhecimento das pessoas, mas em parte também à má gestão de informação e de esclarecimento por parte das autoridades de Saúde e meios de comunicação social, e à inundação e circulação de notícias falsas e teorias da conspiração que alarmam a opinião pública.
    Em relação às vacinas do Covid, em particular, acresce também as confusões, faltas de consenso e indecisões das próprias autoridades de Saúde e ainda mais um factor de resistência à toma, que é o tempo curto que decorreu desde a submissão a ensaios clínicos para as considerarem seguras.
    Toda a vida as pessoas ouviram por parte das farmacéuticas o discurso que são precisos muitos anos de investigação, investimento e ensaios clínicos até que um medicamento seja aprovado (isto para justificar os preços). E agora achavam que a pessoa comum, de um momento para o outro, ia entender que afinal se consegue fazer mais em menos tempo…?
    É por tudo isto que muitos duvidam de todo o processo. Até porque desconhecem que, ao tratar-se de uma urgência mundial, houve uma concentração de esforços e muita gente em simultâneo a trabalhar em conjunto e a partilhar informações, com o objectivo de conhecer e atacar o virus; além do know how prévio de outros virus e dos meios de investigação e indústria estarem cada vez mais avançados tecnologicamente e céleres.
    É mesmo uma questão sobretudo de ignorância, pois muitas destas pessoas que têm medo das vacinas causadoras de alarme social, também são contra outras medidas profiláticas e distanciamento social. Têm medo da pequena dose de antigénio da vacina que vai produzir anticorpos e uma memória imunitária que as prepara para responder e combater o ataque do virus; mas parece que não têm medo das cargas virais, que podem apanhar através de pessoas infectadas, ar ou superfícies contaminadas sem saberem; parecem ignorar que as infecções não acontecem só aos outros, nem as doenças e morte, ou sequelas por vezes graves e vitalícias, bastante expressivas na sua saúde e familiar; e parecem ignorar também o efeito dos tratamentos agressivos e sofrimento a que são sujeitas depois para se curarem…
    Têm medo das vacinas, mas não têm medo da quantidade e toxicidade de antibióticos, etc, que vão tomando ao longo da vida e dos seus potenciais efeitos adversos ou bastante nefastos, quando tomados em demasia por tudo e por nada; ou mal administrados, porque não fazem a terapéutica segundo as orientações médicas até ao fim, contribuindo para o surgimento de bactérias multirresistentes e superbactérias, baixa resposta imunitária, etc, o que vem corroborar a falta de conhecimento sobre este assunto.

    https://www.sns24.gov.pt/guia/vacinas/
    https://pt.wikipedia.org/wiki/Antibi%C3%B3tico
    https://observador.pt/especiais/e-se-pudessemos-usar-bacterias-para-tratar-infecoes-causadas-por-bacterias/

    1. Excelente comentário!!! 😉

    • Jonathan Malavolta on 25/05/2021 at 01:02
    • Responder

    Primeira vez que vejo o nome Ygona Moura. Nunca soube quem é.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.