Christine Daniel era uma médica que tinha uma clínica (Sonrise Medical Clinic) em Los Angeles.
Ela também era pastora (“padre”) numa igreja evangélica (Pentecostal).
Devido ao seu trabalho como pastora, percebeu que tinha uma oportunidade única para se aproveitar das crenças daquelas pessoas.
Assim, decidiu “converter” a sua clínica numa clínica evangélica, onde a cura se fazia através de produtos e de rezas.
Ela chamou à sua metodologia: “Medicina Alternativa do rei Ezequias“.
Vai daí, começou a vender um produto que, dizia ela, era praticamente milagroso.
O produto era um suplemento herbal (à base de ervas).
Ela afirmava que este tratamento natural curava o cancro, diabetes, esclerose múltipla, Alzheimer, hepatite, entre outras doenças.
Ela também afirmava que a taxa de sucesso do seu produto em curar doenças era de quase 80%.
Ao longo de 6 meses, os pacientes gastavam mais de 100 mil dólares em tratamentos.
Ao todo, Christine Daniel conseguiu “roubar” mais de 1 milhão de dólares.
Para alguns dos doentes, Christine organizou festas para celebrar o facto dos pacientes já não terem cancro ou diabetes ou Alzheimer, etc.
Como era tudo mentira, os pacientes foram morrendo.
Uma grande percentagem dos seus pacientes faleceram entre 3 a 6 meses após começarem os “tratamentos”.
Os familiares dos defuntos colocaram processos em tribunal contra Christine.
Em tribunal ficou-se a saber que o suplemento herbal, na verdade continha extrato de carne e loção bronzeadora, entre outros ingredientes nada recomendados.
Aos 58 anos, Christine Daniel foi condenada à prisão por 14 anos, por fraude.
Provou-se que vendeu uma cura falsa para o cancro a, pelo menos, 60 pessoas.
Mas continua a ter uma legião de seguidores, sobretudo da Igreja que ela frequentava: as pessoas dizem que ela era muito boa pessoa: “Ela é fantástica. É uma pessoa Cristã. Uma pessoa maravilhosa que adora fazer o bem pelas outras pessoas.”
Enfim…
Fontes: Department of Justice, Oxygen.
Nota: Vi um programa na televisão americana sobre este caso e fiquei chocado.
Não só devido à frieza e ganância da vigarista, mas também pela credulidade das pessoas que, no seu desespero, se deixaram levar por estas vigarices.
Cuidado com os “suplementos herbais”. Sobretudo quando são vendidos como “tratamentos naturais” para doenças que a medicina ainda não consegue resolver completamente.
1 comentário
Para cristãos, só quem é igualmente cristão é boa pessoa. Experimente receber um cristão em casa e dizer algo como “sou ateu” ou “sou judeu” ou “sou muçulmano” ou “sou kardecista” ou (melhor ainda) “sou umbandista”. A réplica mais poética e bonita que o tal cristão lhe dirá é um belo “vai tomar …” (naquele lugar mesmo que você está pensando). Os mais radicais partirão para a agressão física alegando estar exorcizando o demônio de seu corpo.