Enormes depósitos de metano estão a ser libertados

via Observador

“Depósitos gigantes de metano congelado estão a ser libertados para a atmosfera sobre o Ártico.

Foram detetados níveis elevados de metano com efeito de estufa no Mar de Laptev.
A libertação deste gás pode levar a uma aceleração das alterações climáticas, já que o efeito de estufa do metano é 80 vezes superior ao dióxido de carbono num período de 20 anos.

É conhecido como um “gigante adormecido” do ciclo de carbono, mas a história pode estar a mudar na costa leste da Sibéria.
Os resultados preliminares de um estudo feito por cientistas internacionais indicam que há depósitos de metano congelados no Ártico que estarão a ser libertados para a atmosfera, um fenómeno que pode acelerar o ritmo do aquecimento global.
(…) foram detetados altos níveis deste gás com efeito de estufa até uma profundidade de 350 metros no Mar de Laptev, perto da Rússia.”

Crédito: Markus Rex / Alfred-Wegener-Institut

“Nas encostas do Ártico existe uma grande quantidade de metano congelado que, quando libertado, produz um efeito de estufa cerca de 80 vezes superior ao dióxido de carbono.

Segundo a equipa de investigadores a bordo do navio Akademik Keldysh, os níveis de metano detetados na superfície foram quatro a oito vezes mais do que seria esperado.

Os resultados são ainda preliminares, faltando confirmar a escala de libertação de metano no regresso da expedição e analisar todos os dados.

A equipa liderada por Igor Semiletov, da Academia Russa de Ciências, viajou para o Ártico Oriental, para estudar as consequências do degelo do pergelissolo (ou permafrost), o solo do Ártico constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados.
É aqui que está “bloqueado” material orgânico.
Quando o solo derrete, devido ao aumento da temperatura global, esse material começa a decompor-se e liberta metano.

(…) A causa mais provável deste fenómeno será a intrusão de correntes quentes do Atlântico, impulsionadas pelas alterações climáticas.”

Fontes: The Guardian, Observador.

2 comentários

    • Armando Graça on 12/06/2021 at 00:46
    • Responder

    Uma pergunta eventualmente descabida ou irrealista:
    Existirão possibilidades de recolha e armazenamento desse metano?

    1. Atualmente, não 🙁

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