Como já mostrei em alguns artigos, os estudos nos EUA mostram que quase metade dos Republicanos não se querem vacinar.
Normalmente são de extrema direita e crentes em conspirações absurdas.
Uma das conspirações mais populares atualmente, é a de que o corpo fica magnetizado, após se levar a vacina.
É um completo disparate, como expliquei aqui.
Curiosamente, na terça-feira, numa discussão pública na Câmara de Cleveland, em Ohio, a especialista que foi contratada para defender os argumentos anti-vacinação foi a republicana Sherri Tenpenny.
Ela apresentou-se como médica, mas afinal é osteopata (com licenciatura em Arte).
(a osteopatia é uma pseudo-medicina, também conhecida como vigarice)
Ela afirmou que as vacinas magnetizam as pessoas (porque viu fotos e vídeos na internet em que metais estão colados ao corpo das pessoas). Mas os disparates não se ficam por aí…
Afirmou também que as pessoas vacinadas têm ficado doentes devido à rede 5G, porque existe um interface que liga as pessoas à rede 5G (aqui, aqui e aqui).
E continuou nas suas deambulações pelas conspirações/mentiras mais absurdas…
O que me surpreendeu mais foi quando ela disse que existiam pessoas a terem várias doenças, desde enfartes até sangue no nariz, porque são amigas de pessoas vacinadas.
Sim, ela disse que pessoas não-vacinadas, amigas de pessoas vacinadas, ficavam doentes semanas após estarem próximas da pessoa vacinada.
Nas palavras dela: “Eu até tenho uma amiga que a mãe dela foi vacinada, e passadas duas semanas, o pai dessa minha amiga teve um enfarte.” A conclusão dela é de que o pai da amiga teve um enfarte, porque a mãe da amiga foi vacinada duas semanas antes…
Todas estas imbecilidades foram ditas no seu testemunho, entre os 10 minutos e os 20 minutos.
Entre o resto das parvoíces presentes no testemunho, realço somente mais uma: como ela disse que milhares de pessoas já morreram devido à vacina (porque leu em websites na internet), aos 41 minutos, foi-lhe perguntado: dos mais de 5 milhões de habitantes de Ohio que já foram vacinados, quantos deles morreram? Ela respondeu: Não sei. E completou a resposta dizendo que só sabia quantas pessoas morreram na Europa e na Índia porque leu em websites.
E pronto… esta foi a “especialista” contratada para descredibilizar as vacinas.
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