Ozonoterapia é pseudociência, não existindo qualquer comprovação científica (pelo contrário!).
Além de ser uma treta cara, também é perigosa, já tendo levado a várias mortes.
Em Portugal, 5 pessoas foram detidas por burla, propagação de doença contagiosa, etc, devido a um esquema fraudulento em clínicas de ozonoterapia.
Como disse a Polícia Judiciária, estas pessoas apresentavam falsos tratamentos médicos, “explorando a fragilidade e vulnerabilidade de pessoas receosas do vírus ou mesmo infetadas”, ao que eu acrescento que também exploram a iliteracia, a ignorância, a falta de conhecimento da população em geral.
As clínicas vendem “ozono” como cura para todos os males, desde cancro, passando por demência e diabetes, até às varizes (quando se vende uma mezinha que “cura tudo”, essa é uma evidência clara de vigarice).
A alegada burla ia ao ponto de venderem supostos “tratamentos milionários” para curar a COVID-19.
Vejam as reportagens: SIC, TVI.
Leiam os artigos: Observador, TSF.
2 comentários
Caro Carlos Oliveira
Grato, como sempre, pelas suas preocupações contra ignorantes, imbecis e vigaristas.
Sou testemunha deste caso da ozonoterapia.
Durante algum tempo, por solidariedade, levava uma idosa às consultas, tanto no Hospital de Santa Maria, como a uma “Clínica de ozonoterapia”. Nesta, sempre achei estranha tal “técnica”. Um utente, funcionário público, disse-me que aqueles “tratamentos” eram reconhecidos e comparticipados pela ADSE.
Quando a idosa que acompanhava piorou substancialmente, levei-a às urgências do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.
Ali, na consulta, a idosa referiu que, perante o agravamento do seu estado clínico o responsável pela Ozonoterapia recomendou que tomasse Brufen 600. A médica ficou horrorizada, informando que tal prática lhe iria destruir os rins, levando-a rapidamente ao recurso à Hemodiálise. Acrescentou ainda que essa tal Ozonoterapia era uma aldrabice e que devia ser proibida e os responsáveis punidos.
Tanto quanto sei, nada aconteceu e estes “espertos” continuam a atuar e proliferar…
Tomei a liberdade de enviar o seu texto à Direção Geral de Saúde, sem grandes esperanças, diga-se… Mas a minha saudosa mãe ensinou-me bem cedo que “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Insistamos, portanto!
Cumprimentos
Author
Infelizmente, estas “mezinhas” sempre existiram. 🙁
Nos livros de história fala-se dos caixeiros viajantes, que levavam “remédios milagrosos” a várias populações.
Na verdade, eram somente frasquinhos de água… mas vendidos bastante caros (para a época).
A vigarice é sempre a mesma, mas vão mudando o “aspeto”… 🙁
É preciso termos muito cuidado com estes supostos tratamentos…
grande abraço!