A variante Delta é pior (para os Humanos) que o vírus original.
Os estudos mostram que esta variante é mais contagiosa e transmissível. Também é mais letal, mas não parece porque muita gente já foi vacinada e isso diminui a letalidade.
Gostei bastante das explicações dadas pelo médico e epidemiologista Larry Brilliant na CNN, sobre a variante Delta.
Ele disse que a variante Delta é tão contagiosa que, para efeitos práticos, deveria ser considerada quase como uma doença diferente (da original COVID-19).
Ele referiu que os estudos sobre esta variante mostram que pessoas já infetadas poderão ser novamente infetadas.
E pessoas totalmente vacinadas podem ficar infetadas e transmitir o vírus, tal como os não-vacinados (apesar de existir uma maior probabilidade disso acontecer se a pessoa não estiver vacinada).
O que os estudos mostram é que as pessoas infetadas não têm efeitos graves, sendo hospitalizadas e até morrendo. As vacinas evitam esses efeitos piores da doença.
Mas, com a variante Delta, as vacinas não previnem em larga medida as infeções nem a transmissão do vírus.
Nas palavras do Dr. Brilliant: “We have to remember there’s three parts to what the vaccine does, stopping you from getting it, stopping you from getting sick, getting hospitalized or getting dead and stopping you from spreading it. It does a great job in the middle, not as great as we’d hoped in the two ends. And for that, we’re going to look for masks. So we’re going to go back, I think, a little bit, a vaccination for you, for me and masks for our friends, our children and our neighbors.”
As vacinas têm 3 tarefas:
– prevenir que a pessoa apanhe o vírus;
– prevenir que a pessoa fique doente, seja hospitalizada ou morra;
– prevenir que a pessoa transmita o vírus.
As vacinas atuais são excelentes na tarefa do meio.
Mas não são muito boas nas outras duas tarefas, em relação à variante Delta.
Daí ser importante continuar a usar-se máscaras em locais fechados e/ou com muita gente.
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