Já publicamos vários artigos sobre o asteróide Bennu, que tem um diâmetro de cerca de 500 metros.
Este asteróide passou “perto da Terra” em 1999, 2005 e 2011.
Existia uma probabilidade bastante baixa deste asteróide bater na Terra a 24 de Setembro de 2182.
Com os dados da missão OSIRIS-REx, foi possível calcular uma probabilidade mais precisa.
Os novos dados permitiram concluir que a 24 de Setembro de 2135, este asteróide vai passar “bastante perto” da Terra: a uma distância de 110 mil quilómetros da Terra, o que equivale a menos de um terço da distância entre a Terra e a Lua.
O efeito gravitacional do nosso planeta sobre o asteróide vai colocá-lo, muito provavelmente, numa potencial rota de colisão com a Terra em Setembro de 2182.
Como não é possível calcular a exata força gravitacional exercida pela Terra sobre o asteróide em 2135 (além de outras forças como o Sol, outros planetas, poeira interestelar e até o Efeito de Yarkovsky, que é o equivalente ao peso de 3 uvas), então não é possível calcular com precisão onde o asteróide vai passar em 2182.
No entanto, dentro das incertezas, o que sabe é que existe uma probabilidade acumulada de 1 em 1750 (= 0,057%) de colisão com a Terra entre os anos de 2135 e 2300, e uma probabilidade de 0,037% de bater na Terra a 24 de Setembro de 2182.
Ou, vendo de outra forma, existe atualmente uma probabilidade de 99,963% de não bater na Terra em 2182.
Assim, o título poderia ser “Asteróide Bennu com quase 100% de certeza de não bater na Terra”.
E, note-se, o Bennu juntamente com o 1950 DA, são os dois asteróides conhecidos com maior probabilidade de baterem na Terra. E mesmo assim, têm cerca de 100% de probabilidade de não baterem.
Como tenho dito várias vezes, o problema da colisão de asteróides não é sobre os asteróides conhecidos, mas sim sobre aqueles que atualmente desconhecemos…
Fonte: NASA.
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