A sonda InSight, da NASA, que pousou em Marte, tem permitido estudar melhor a composição da crosta, manto e núcleo do planeta Marte.
“As ondas sísmicas variam de velocidade e forma quando atravessam os diferentes materiais através do interior do planeta. Estas variações de Marte deram aos sismólogos uma forma de estudar a estrutura do interior do planeta.”
Os cientistas perceberam que “o local com maior atividade sísmica detectada pela InSight chama-se Cerberus Fossae, uma zona vulcânica que pode ter durado alguns milhões de anos.”
Através da análise de 733 fracos tremores de Marte, dos quais 35 foram relevantes para este estudo (com magnitudes entre 3 e 4), o sismómetro da sonda InSight confirmou que o centro de Marte é composto por matéria fundida.
Na Terra, o núcleo tem uma camada exterior líquida e um interior sólido. Em Marte, para já, só se tem certeza do núcleo líquido. Isto é surpreendente, porque sempre se assumiu que seria como a Terra.
O núcleo de Marte tem cerca de 3.700 quilómetros de diâmetro (cerca de metade da Terra).
A composição do núcleo de Marte é diferente da Terra. Além de conter elementos pesados, como ferro e níquel (como a Terra), também contém elementos leves como hidrogénio e oxigénio.
Por tudo isto, Marte tem um núcleo menos denso que a Terra.
Marte tem um manto mais fino (e talvez mais líquido) que a Terra.
Também foi determinado que Marte tem uma crosta similar à Terra (entre 20 e 37 quilómetros de espessura), mas é mais fina do que se esperava.
Os dados da InSight sugerem que o planeta Marte se formou alguns milhões de anos antes da Terra, quiçá quando o Sol ainda não estava totalmente formado.
Isto era de esperar, já que Marte é um planeta mais pequeno que a Terra, o que permite que arrefeça (se forme) mais rapidamente.
Fontes: artigo científico, artigo científico, artigo científico, NASA, NASA, CNN, BBC, Business Insider, National Geographic, Sapo Tek.
Últimos comentários