Crédito: Refutations to Anti-Vaccine Memes
“Utilizar um caso raro (breakthrough) de morte por COVID como evidência de que as vacinas não funcionam, é como dizer que a morte de um não-fumador por cancro do pulmão é uma evidência de que toda a gente devia fumar.”
Nos EUA, menos de 0,001% das pessoas morreram após tomarem a vacina. E mesmo assim, não foi provada qualquer relação causal entre a toma da vacina e a morte da pessoa. Ou seja, o número de pessoas vacinadas que morreram de COVID-19 é quase inexistente.
Os raros “breakthrough cases” provam, precisamente, a grande eficácia das vacinas.
Vem isto a propósito da morte de Colin Powell por COVID-19.
Colin Powell tinha sido vacinado com a vacina da Pfizer.
O canal de televisão FOXnews, juntamente com outra comunicação social de extrema-direita, tem dado largas ao argumento de que a morte de Colin Powell mostra que as vacinas não funcionam.
Mas isto é absolutamente mentira!
As vacinas não são 100% eficazes. Por isso, mesmo sendo altamente eficazes, há sempre pessoas vacinadas que morrem. No entanto, esse número é extremamente pequeno: 1 pessoa morre em 100 mil pessoas vacinadas.
No caso de Colin Powell, além dele ter 84 anos, já tinha sido vacinado em Fevereiro. Existem já diversos estudos que mostram que as vacinas são menos eficazes em pessoas idosas, 5 a 6 meses após a toma das vacinas. Colin Powell já tinha sido vacinado há 8 meses. Consequentemente, já estava pouco protegido contra a COVID-19: a vacina já não protegia grande coisa após 8 meses. Ele devia ter tomado um booster (3ª dose).
Por fim, Colin Powell tinha vários problemas de saúde, como por exemplo a doença de Parkinson. Mas o pior em termos de saúde, é que ele tinha um cancro no sangue (Mieloma Múltiplo) que reduz substancialmente a capacidade do corpo lutar contra as infeções, enfraquecendo bastante o sistema imunitário. Ora, estudos feitos a pessoas com este tipo de cancro mostram que as vacinas contra a COVID-19 só funcionam a 45%.
Sendo assim, a morte de Colin Powell nem sequer é um caso raro, breakthrough, em que a pessoa estava protegida pela vacina e mesmo assim morre: Colin Powell faleceu apesar de vacinado, porque a vacina no caso dele tinha pouco efeito (já tinha sido há mais de 8 meses e tinha um tipo de cancro que não deixa as vacinas serem eficazes).
Crédito: CNN
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