De acordo com o jornal Financial Times, aqui, a China testou um míssil hipersónico com capacidade nuclear.
O planador hipersónico foi lançado por um foguete “Long Marche”.
O teste foi secreto, tendo o míssil circulado o planeta em órbita baixa antes de descer em direção a um alvo, que falhou (Fonte: SIC notícias).
Vários países, entre eles a China, EUA, Rússia e Coreia do Norte, estão a trabalhar em tecnologia hipersónica.
A Rússia é considerada a líder neste tipo de tecnologia, de planadores/mísseis hipersónicos com ogivas nucleares. Ainda recentemente fez mais um teste que teve sucesso.
Os EUA estão a gastar bilhões de dólares em vários programas de investigação. Recentemente, foi testado o HAWC (Hypersonic Air-Breathing Weapon Concept), que é um míssil de propulsão aeróbia, ou seja, utiliza o oxigénio presente na atmosfera para a combustão. Apesar de alguns sucessos, recentemente os EUA tiveram um teste que falhou.
A Coreia do Norte também alegou ter testado um míssil hipersónico, no mês passado.
Os mísseis hipersónicos são capazes de atingir uma velocidade de pelo menos cinco vezes superior à velocidade do som (Mach 5), ou seja, mais de 6.100 km/h, tal como os tradicionais mísseis balísticos que podem transportar armas nucleares. Mas enquanto os mísseis balísticos voam alto no espaço, fazendo um arco para atingir o seu alvo, um míssil hipersónico faz uma trajetória baixa na atmosfera, podendo atingir o seu alvo mais rapidamente. Por outro lado, um míssil hipersónico é manobrável, dificultando um contra-ataque para o derrubar.
Assim, os mísseis hipersónicos são muito mais rápidos e ágeis do que os convencionais o que os torna muito mais difíceis de interceptar por sistemas de defesa antimísseis. Além disso, podem manobrar em pleno voo, o que os torna muito mais difíceis de detetar e interceptar do que outros projéteis. Por fim, o tempo de voo é reduzido, pelo que diminui a probabilidade de serem interceptados. Alguns modelos podem carregar ogivas convencionais ou nucleares. (Fonte: SIC notícias)
Assim, esta tecnologia tem melhorias a nível de trajetória de voo, velocidade e capacidade de manobra, tornando-os capazes de fugir dos sistemas de alerta das defesas de mísseis.
Este progresso da China em armas hipersónicas surpreendeu os serviços secretos dos EUA, sendo que um general norte-americano disse que este pode ter sido um “momento Sputnik” da China em tecnologia hipersónica.
Por seu lado, a China disse que este teste nada teve a ver com um míssil hipersónico, mas foi sim um teste de rotina de um veículo espacial (Fonte: Reuters).
No entanto, esta explicação Chinesa não exclui as informações iniciais.
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