Risco de infeção
Crédito: The Conversation
Cálculos feitos a partir de dados de vacinação e infeção na Austrália mostram que a socialização entre duas pessoas não-vacinadas inclui um risco enorme de ambas as pessoas ficarem infetadas com COVID-19 (se uma delas estiver infetada).
Se a pessoa A estiver vacinada e a pessoa B não, e se a pessoa B estiver infetada, então a pessoa A tem um risco 10 vezes menor de ficar infetada com COVID-19.
Se a pessoa A estiver vacinada e a pessoa B não, e se a pessoa A estiver infetada, então a pessoa B tem um risco 20 vezes menor de ficar infetada com COVID-19.
Se ambas as pessoas estiverem vacinadas, e uma delas ficar infetada com COVID-19, então o risco da outra pessoa ficar infetada com COVID-19 é 200 vezes menor!
Fonte: The Conversation.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
3 comentários
Boa tarde.
Esta cruzada que tem vindo a fazer a favor da vacinação, é louvável.
Por isso e para que se não transmitam dados menos fiáveis, creio que o penúltimo parágrafo deste seu post tem uma imprecisão.
quando diz “Se a pessoa A estiver vacinada e a pessoa B não, e se a pessoa A estiver infetada, então a pessoa B tem um risco 20 vezes menor de ficar infetada com COVID-19.”
creio que pretendia dizer:
“Se a pessoa A estiver vacinada e a pessoa B não, e se a pessoa A estiver infetada, então a pessoa B tem um risco 20 vezes MAIOR de ficar infetada com COVID-19.”
Pode esclarecer?
obrigado
Author
Olá José Fernandes,
Não.
Está certo.
Ser “menor” ou “maior” é sempre em relação a alguma coisa.
Por exemplo, eu sou maior que o meu cão, mas sou menor que a Torre Eiffel.
O “maior” ou “menor” não é uma atribuição absoluta: é sempre em relação a alguma coisa.
Neste caso, a comparação (a base) é em relação à socialização entre duas pessoas não vacinadas.
O risco maior é entre duas pessoas não vacinadas.
Todos os outros riscos são menores.
Assim, se duas pessoas estiverem a falar, e uma delas estiver vacinada, se fôr a pessoa vacinada que estiver infetada, como ela transmite menos o vírus, então a outra pessoa (não-vacinada) tem um risco 20 vezes menor de ficar infetada. (em relação a ambas as pessoas não estarem vacinadas).
Mas eu percebi a sua interpretação.
Isto também poderia ser dito desta forma: se ambas as pessoas não estiverem vacinadas, o risco é 20 vezes maior (em relação a uma das pessoas estar vacinada).
No entanto, neste caso, estamos a mudar a “base de comparação”.
Consegui clarificar?
abraço!
Explicando em termos que um leigo consiga entender:
A vacina não apenas evita que o vacinado contraia a doença, ela evita também que o vacinado transmita a doença, caso já esteja com ela.