Será este um vórtice cósmico para nos hipnotizar?
Será a visão de um enorme caldeirão cósmico vigiado por uma bruxa?
Ou será uma enorme teia de aranha espacial?
Na verdade, esta é a estrela Gigante Vermelha, CW Leonis.
Ela foi fotografada pelo Telescópio Espacial Hubble para o Halloween deste ano, porque parece uma visão celestial arrepiante.
É uma estrela que está a morrer – na fase de Gigante Vermelha – estando já a converter carbono.
As “teias de aranha” laranja-avermelhadas são nuvens de poeira, de carvão de fuligem, que englobam a estrela moribunda.
Elas são expelidas para o espaço, a partir das camadas externas de CW Leonis.
O carbono, criado pela fusão nuclear no interior da estrela, faz com que a atmosfera da estrela seja rica em carbono.
Ao ejetar o carbono a partir das suas camadas exteriores, a estrela está a fornecer as matérias-primas para a futura formação de estrelas e planetas. A vida na Terra é feita de carbono. As moléculas biológicas mais complexas contém átomos de carbono. Assim, a morte das estrelas é um passo fundamental para a existência da Terra e da vida na Terra.
A estrela CW Leonis é uma estrela que se encontra a cerca de 400 anos-luz de distância da Terra.
É a estrela de carbono mais perto do nosso sistema solar.
A dying red star is entangled inside spider webs of sooty dust in this Hubble image. Brilliant light beams poke out from the star’s surface, like fingers reaching out through the dust. What are they searching for? https://t.co/AGobGXBsZA #HappyHalloween pic.twitter.com/FMKZFV8yNc
— Hubble Space Telescope (@HubbleTelescope) October 28, 2021
Os feixes de luz que são emitidos pela estrela são muito interessantes.
Eles variaram de brilho num período de 15 anos – o que é pouquíssimo tempo em termos astronómicos.
Os astrónomos especulam que as aberturas na poeira a rodear a estrela vão mudando (ou seja, a poeira vai-se movendo, abrindo brechas noutros locais da poeira), permitindo que os raios de luz vindos da estrela iluminem diferentes partes da poeira e do céu.
CW Leonis tem uma côr laranja-avermelhada devido à sua temperatura: cerca de 1260ºC.
Os feixes verdes foram adicionados posteriormente: eles brilham na radiação infravermelha, que é invisível para os nossos olhos.
Fonte: NASA
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