Tosse convulsa em bebés

Crédito: Light for Riley

“A tosse convulsa é uma doença bacteriana altamente contagiosa. Inicialmente, os sintomas são normalmente similares aos da gripe comum, com um corrimento nasal, febre leve e tosse. Posteriormente e durante semanas, existe tosse violenta e espasmódica com sensação de asfixia que terminam com um ruído estridente durante a inspiração. A tosse pode durar 10 semanas ou mais. Uma pessoa pode ter uma tosse tão forte que pode vomitar, fraturar as costelas ou ficar muito cansada do esforço. As crianças menores de um ano de idade podem ter pouca ou nenhuma tosse e, em vez disso, ter períodos em que não conseguem respirar, levando à morte de muitas delas.”


“A maioria dos bebés com tosse convulsa precisam de ser hospitalizados.
1 em 4 bebés (25%) desenvolvem pneumonia.
1 em 100 bebés sofrem convulsões.
3 em 5 bebés (60%) têm apneia (respiram demasiado devagar ou páram de respirar).
1 em 300 bebés passam a ter danos cerebrais.
1 em 100 bebés morrem de tosse convulsa.”


A prevenção da doença é feita através da vacina, que é altamente eficaz.

A bactéria que causa a infecção foi descoberta em 1906. No entanto, na literatura histórica, é possível perceber (pelos sintomas) que a doença já existe nos humanos desde o século 16.
A vacina contra a tosse convulsa ficou disponível a partir da década de 1940.

A vacinação é dada aos bebés entre as 6 e as 8 semanas de idade.
São administradas 4 doses (com reforço) nos primeiros 2 anos de vida. E como a vacina vai perdendo efetividade, devem ser dadas doses de reforço a crianças mais velhas e até em adultos.

Agora, em vários países, a vacina é dada às mulheres quando ainda estão grávidas (aos 30 semanas de gestação), já que a vacina providencia ao feto os anticorpos necessários – assim, o bebé, quando nasce, já está parcialmente protegido. Desde que se passou a dar a vacinação às mulheres grávidas, passou a existir uma redução de 90% nas mortes dos bebés.

Antes da década de 1940 (antes de existir vacina!), a Tosse Convulsa era uma das principais causas de mortes em bebés.
Desde 1940, devido às campanhas de vacinação, a doença foi praticamente erradicada nos países desenvolvidos.

Neste momento, a doença existe sobretudo em locais sem campanhas de vacinação. 90% das mortes de bebés são em países em vias de desenvolvimento. Em termos gerais, existem cerca de 300 mil mortes por ano devido a esta doença.
Nos países desenvolvidos, como EUA, Inglaterra, Espanha, etc, que têm boas campanhas de vacinação, em certos anos existem surtos da doença devido aos movimentos negacionistas – alguns grupos de pessoas decidem não vacinar os seus bebés (como nos anos 1990, 2008, 2012 e 2015).

Tal como qualquer vacina, esta também não é 100% eficaz.
Assim, a doença pode ocorrer em pessoas que tenham sido vacinadas. No entanto, nestes casos, os sintomas são mais ligeiros.