Um grupo anti-vacinas planeava assassinar o primeiro-ministro do estado da Saxónia, na Alemanha.
Felizmente, a polícia descobriu a conspiração nas redes sociais (Telegram) e apanhou os criminosos (uma mulher e quatro homens) antes deles colocarem em prática o seu plano de matar Michael Kretschmer.
Note-se que na Alemanha vários outros políticos, jornalistas e até polícias, receberam cartas com ameaças à sua vida.
A Alemanha não tem uma taxa de vacinação aceitável, quando comparada com outros países (como Portugal).
Devido a essa menor vacinação, a Alemanha está novamente com um surto de COVID-19, com muitos casos, hospitalizações e mortos.
Por isso, voltaram as restrições e quiçá até poderá existir a vacinação obrigatória, de modo a diminuir o número de hospitalizações e mortos.
Ora, os anti-vacinas não percebem que é por causa deles que existem as restrições.
Se eles estivessem vacinados, os números da pandemia eram reduzidos e controláveis, sem serem necessárias restrições.
Assim, eles fartam-se de manifestar contra as restrições, que eles próprios provocam. Enfim…
Na Saxónia, quem se tem manifestado mais contra as vacinas são os grupos de extrema-direita.
Este plano de assassinato foi realizado por elementos de grupos de extrema-direita.
O estado da Saxónia tem a menor taxa de vacinação de todo o país, e, consequentemente, uma das maiores taxas de infecção por coronavírus da Alemanha.
Com uma elevada taxa de não-vacinados, sem surpresa, metade desses não-vacinados votaram no partido de extrema-direita.
Curiosamente, Michael Kretschmer foi contra as restrições, até a objetividade dos números não lhe dar mais hipóteses de negar a realidade.
Mas isso não interessa a estes extremistas.
Para os extremistas anti-vacinas, os factos existem para serem negados.
Mesmo pessoas que eram contra as restrições são alvo dos extremistas, caso passem a olhar para os factos em vez de os negarem.
Fontes: Guardian, BBC, Independent, Veja.
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